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(Esta matéria foi atualizada no dia 10 de março. Segundo a Nasdaq, ao contrário do que foi informado pelo governo do Rio de Janeiro, a empresa não terá uma subsidiária no estado. Foi assinado um protocolo de intenções entre a Nasdaq e o governo do Rio para realizar estudos sobre a possível criação de uma bolsa de ativos ambientais; se o projeto for adiante, a Nasdaq Market Technology, unidade de tecnologia de mercado da empresa, seria uma potencial fornecedora de tecnologia.)
Após 21 anos de ter a sua Bolsa de Valores fechada, aparentemente o Rio de Janeiro sentiu saudades do mercado. Está em formatação a criação de uma nova bolsa no estado, mas, dessa vez, focada na compra e venda de créditos de carbono e ativos ambientais como energia, clima e florestas.
Na terça-feira (8), em Nova York, o governador do Rio, Cláudio Castro assinou um protocolo de intenções com a Nasdaq e a Global Environmental Asset Plataform (GEAP), para estudar a viabilidade de implantação da plataforma de negociações.
Segundo informado pelo governo do Rio, a parceria prevê o intercâmbio de informações entre o estado, a Nasdaq e a GEAP para certificar, emitir e negociar créditos de carbono. A Nasdaq informou que o protocolo de intenções prevê a realização de estudos sobre a possível criação da bolsa; se o projeto for adiante, a Nasdaq Market Technology, unidade de tecnologia de mercado da empresa, seria uma potencial fornecedora de tecnologia.
A Bolsa de Ativos Ambientais está prevista para começar a funcionar no segundo semestre. Nos próximos 90 dias, um grupo de trabalho vai debater as medidas propostas e o projeto piloto.
De acordo com o secretário de Fazenda, Nelson Rocha, a meta é atrair também ativos ambientais da iniciativa privada para que sejam negociados na nova Bolsa. “Queremos fazer do Rio um hub de investimentos de ativos ambientais”, afirmou.
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A expectativa é de que o Rio alcance um potencial econômico ambiental com um estoque de 73 milhões de toneladas de CO2, o que representaria R$ 25 bilhões.
Cada tonelada deste tipo de ativo pode chegar a valer US$ 5. “O segmento vem ganhando força no mundo e é visto como uma das alternativas de retomada da economia após a crise causada pela pandemia da Covid-19”, apontou o governador.
Segundo o governo, efeitos práticos na economia real seriam, por exemplo, contribuintes que quitarem débitos do IPVA poderem receber créditos de carbono.
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Atualmente, créditos de carbono são vendidos para países que não atingiram suas metas de redução de gases efeito estufa, por aqueles que conseguiram reduzir as suas emissões. De acordo com o governo, este novo mercado vai gerar empregos e atrair empresas nacionais e internacionais para o Rio de Janeiro, além de tornar o estado representativo na economia de baixo carbono.
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