Reunião de Lula com ministros sobre corte de gastos, confiança consumidor e mais

Confira o que vai mexer com os mercados nesta segunda-feira (25)

Murilo Melo

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta manhã de segunda-feira (25) com os ministros Fernando Haddad, Rui Costa e Esther Dweck para discutir medidas de corte de gastos públicos. Na semana passada, Haddad prometeu anunciar o pacote fiscal entre hoje e amanhã.

Em indicadores, será divulgado o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) referente a este mês. O indicador reflete a percepção dos consumidores sobre sua situação financeira atual e futura, além de suas expectativas em relação à economia. O ICC tem impacto direto nas decisões de consumo e pode antecipar tendências de comportamento no mercado, como a disposição das famílias em realizar compras de bens duráveis e em consumir em setores mais afetados pela inflação e pelos juros elevados.

A confiança do consumidor é um termômetro importante para os analistas econômicos porque influencia o ritmo de recuperação da economia e a estabilidade dos mercados. Em períodos de baixa confiança, a redução nas despesas das famílias pode resultar em desaceleração do crescimento econômico.

Ainda nesta segunda, os Estados Unidos devem divulgar o Índice de Atividade Nacional Fed Chicago referente a outubro. O indicador fornece uma visão abrangente sobre a saúde da economia dos EUA, combina 85 indicadores econômicos de diversas áreas, como produção, vendas, empregos e consumo, para gerar uma leitura consolidada da atividade econômica.

O que vai mexer com o mercado nesta segunda

Agenda

À tarde, Lula se reúne com 12 ministros, incluindo Haddad, Rui Costa, José Múcio e Nísia Andrade.

Brasil

8h – Confiança do Consumidor FGV (novembro)
8h30 – Transações Correntes (outubro)
8h30 – Investimento Estrangeiro Direto (outubro)

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Estados Unidos

10h30 – Índice de Atividade Nacional Fed Chicago (outubro)

Internacional

Novo presidente do Uruguai

O esquerdista Yamandú Orsi venceu a eleição presidencial do Uruguai, com 49,3% dos votos. Com 87% dos votos contados, o resultado foi revelado no fim da noite deste domingo (24).

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Confiança do consumidor dos EUA

A confiança do consumidor nos Estados Unidos subiu pelo quarto mês seguido em novembro, alcançando 71,8, o maior nível desde abril, segundo o Índice de Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan. O avanço foi impulsionado pelo otimismo dos republicanos após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial, embora tenha ficado abaixo da previsão de 73,7 feita por economistas consultados pela Reuters. A diretora da pesquisa, Joanne Hsu, apontou que o resultado reflete diferenças partidárias, com a confiança aumentando entre republicanos, mas diminuindo entre democratas e independentes.

Economia

Boicote

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que o ministério apoia a decisão dos maiores frigoríficos brasileiros. O setor iniciou o boicote ao Carrefour no Brasil após a rede de supermercados vetar a venda de carne do Mercosul na França.

Letra de Crédito do Desenvolvimento

O Conselho Monetário Nacional regulamentou a Letra de Crédito do Desenvolvimento, no último passo para que o ativo possa ser emitido. As LCDs serão cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito em até R$ 250 mil, isenção de Imposto de Renda para pessoa física e redução de IR para 15%, no caso de PJ.

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Petrobras manterá foco em petróleo até 2050

A Petrobras planeja manter sua participação em cerca de um terço da geração de energia primária no Brasil até 2050, ampliando o foco em fontes renováveis, que atualmente têm pouca representatividade nas operações da empresa, afirmou a presidente Magda Chambriard.

Política

Bolsonaro alega perseguição

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou, neste sábado (23), como “historinha” o inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. 

A PF indiciou Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O ex-presidente alega “perseguição”.

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Bolsonaro sabia de plano para matar Lula, diz Cid

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, confirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente tinha conhecimento de um plano ligado a ações contra figuras como Lula, Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. A declaração ocorreu durante depoimento realizado na quinta-feira (21), parte de um acordo de delação premiada, mas foi divulgada à imprensa na sexta-feira (22).

O advogado de Cid, Cezar Bittencourt, afirmou em entrevista à GloboNews que Bolsonaro “sabia de tudo” e teria comandado a organização. Entretanto, o advogado posteriormente esclareceu que suas palavras não se referiam diretamente a um “plano de morte”, mas à execução de um “plano pensado, imaginado”. Ele ressaltou que o ex-ajudante apenas participou como assessor, sem detalhes sobre decisões tomadas nas reuniões.

Corporativo

Hypera (HYPE3)

A Hypera Pharma (HYPE3) garantiu um financiamento de cerca de R$ 363,8 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para impulsionar projetos estratégicos em sua subsidiária Brainfarma. Os recursos serão destinados à construção de uma planta-piloto, uma fábrica de medicamentos oncológicos, um centro de pesquisa e uma nova unidade para produção do princípio ativo do Buscopan.

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O crédito concedido pelo BNDES representa aproximadamente 88% do total a ser investido no projeto, que visa fortalecer a atuação da Hypera em segmentos de maior valor e complexidade tecnológica. Segundo o BNDES, os novos laboratórios e a planta-piloto atenderão o mercado institucional, incluindo hospitais e unidades de saúde públicas e privadas.

(com Reuters, Estadão e Agência Brasil)