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O Nubank (NUBR33) registrou um prejuízo líquido de US$ 45,1 milhões no primeiro trimestre de 2022, número menor do que o prejuízo de US$ 54,4 milhões registrado no mesmo período do ano passado e também caindo na comparação com o déficit de US$ 73,3 milhões registrado nos últimos três meses de 2021.
O melhor desempenho acompanha, em parte, a alta da receita do banco digital. Ao total, o Nubank faturou US$ 877,2 milhões entre janeiro e março deste ano, crescimento de 258% na base anual.
O Nubank destaca, no documento publicado na noite desta segunda-feira (16), que encerrou março com um total de 59,6 milhões de clientes, sendo 57,3 milhões de brasileiros, crescendo de 55% no ano. No México, a base de clientes aumentou 950% na mesma base, chegando a 2,1 milhões. A receita média por cliente avançou 91%, a US$ 6,7.
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Além do número de clientes, a taxa de usuários ativos ficou em 61% nos três primeiros meses deste ano, alta de 9,6 pontos percentuais.
O volume de compra, por sua vez, saltou 112% no ano, chegando a US$ 15,9 bilhões. “Esse aumento foi decorrente tanto do crescimento da base de clientes quanto do amadurecimento das safras de clientes atuais e da maior utilização da carteira de produtos Nu”, explica o banco. Os depósitos saltaram 129%, chegando a US$ 12,6 bilhões.
O portfólio sujeito a ganhos de juros ficou em US$ 3,1 bilhões, crescendo 417% na base anual. Segundo o banco, além do aumento do número de clientes, houve impulso da expansão da carteira de empréstimos pessoais e também por parte do oferecimento novos serviços de financiamento.
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Nubank tem maior gasto com provisões
Do outro lado, o índice de inadimplência acima de 90 dias do Nubank cresceu 70 pontos-base na base trimestral, para 4,2%, e o índice de inadimplência de 15 a 90 dias cresceu 110 pontos, para 3,7%.
Com avanço da carteira de crédito e também da inadimplência, o banco aumentou sua provisão para perdas de crédito em 35%, excluindo impactos cambiais, chegando a US$ 921 milhões – sendo US$ 275,7 milhões somados ao total apenas entre janeiro e março últimos.
O Nubank, contudo, viu seus custos de serviços financeiros e transacionais aumentando 351% na comparação do primeiro trimestre deste ano com o do ano passado, chegando a US$ 583,1 milhões. Apesar disso, o banco pontua que este custo representou 66% da receita total neste ano, ante 53% em 2021.
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Destaque, entre os gastos, além da alta já mencionada das provisões, também para os gastos com juros e outras despesas financeiras, que chegaram a US$ 273 milhões. “O aumento é causado principalmente pelo crescimento das despesas de juros sobre os depósitos de varejo em razão da alta das taxas de juros no Brasil e também pela expansão do saldo de depósitos de varejo do Nu”, explica o banco.
As despesas operacionais saíram de US$ 169 milhões para US$ 361,8 milhões, com destaque para as despesas gerais e administrativas que subiram de US$ 115,8 milhões para US$ 245,1 milhões.
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Segundo o Nubank, o avanço das despesas operacionais se deu devido à expansão da remuneração baseada em ações, aliado ao aumento do quadro de funcionários no período. Apesar do crescimento, esses gastos teriam sido diluídos, deixando de ser 69% da receita em 2021 para representar 41% neste balanço.
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