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A Petrobras (PETR3;PETR4) registrou um lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de 3.718%, frente os R$ 1,167 bilhão de um ano antes – equivalente a um aumento de mais de 38 vezes.
O resultado veio também acima do projetado pelo consenso da Refinitiv, que previa lucro de R$ 37,16 bilhões. Enquanto isso, o lucro recorrente somou R$ 43,3 bilhões, alta de 2.969%, sobre os R$ 1,141 bilhão de um ano antes.
O crescimento do lucro acompanha a alta da receita líquida, que somou R$ 141,6 bilhões, crescendo 64,4% na base anual e 6% na base trimestral.
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“A receita líquida cresceu devido, principalmente, à alta de 27% do Brent, ao maior volume de vendas de petróleo no mercado em razão da venda da Refinaria de Mataripe (RLAM) e ao maior volume de exportação de petróleo”, comenta a companhia no documento publicado na noite desta quinta-feira (5).
Do outro lado, a Petrobras também registrou gasto 11% menor na base trimestral com os produtos vendidos, ficando em R$ 66,8 bilhões. A queda reflete, principalmente, os menores custos com importações de gás natural liquefeito (GLP) – no quarto trimestre, com a seca e o maior uso de térmica, a estatal teve de cumprir obrigações contratais e comprar mais dessa commodity do exterior.
As despesas operacionais ficaram em R$ 11,1 bilhões, estáveis na base anual, mas crescendo 734% na trimestral. A diferença na comparação com o fim de 2021 se dá, porém, porque a companhia registrou na época efeitos de ganho de capital com a venda de ativos.
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Com receita avançando e despesas estáveis, a Petrobras viu seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) chegar a R$ 77,7 bilhões, ante R$ 62,9 bilhões no quarto trimestre de 2021 e R$ 48,9 bilhões nos três primeiros meses. Em relação ao consenso da Revinitiv, o Ebitda ficou pouco abaixo do previsto, que era de R$ 76,334 bilhões.
A Petrobras, por fim, registrou ainda um resultado financeiro positivo em R$ 2,9 bilhões, ante déficit de R$ 13,8 bilhões nos três meses imediatamente anteriores e prejuízo de R$ 30,7 bilhões em março de 2021. “O resultado financeiro reflete, principalmente, a apreciação do Real frente ao dólar, com valorização de 15%”, explica a estatal.
O resultado financeiro melhora também acompanhando o menor endividamento da petroleira, que encerrou março com uma dívida bruta de R$ 58,5 bilhões, ante R$ 70,9 bilhões em igual período do ano anterior. A dívida líquida ficou em R$ 189,8 bilhões, ante R$ 265,7 bilhões em dezembro.
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Resultado por setor
Em exploração e produção, a Petrobras alcançou uma receita de R$ 102,5 bilhões, crescendo 60,4% ao ano, com um lucro bruto de R$ 62,5 bilhões, alta de 21% na mesma comparação.
Se o real mais forte beneficiou o resultado financeiro da petroleira, ele elevou levemente também os gastos da produção no Brasil. O lifiting cost medio apurado foi de US$ 5,22 por barril ou equivalente (boe), alta de 6% na base anual.
Na frente de refino, a receita de vendas alcançou R$ 128,4 bilhões, crescendo 67,4% no ano – mesmo com as menores vendas de gasolina, diesel e GLP por conta da sazonalidade e também pela conclusão da venda da RLAM.
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A diferença maior mesmo se deu, no entanto, no braço de gás e energia, que saiu de um prejuízo de R$ 509 milhões entre outubro e dezembro para um lucro de R$ 2,3 bilhões. “Com a recuperação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, houve redução na demanda de gás natural para geração termelétrica, o que levou a um menor volume de GNL regaseificado e à redução do custo médio com a compra de gás”.
Dividendos da Petrobras
A Petrobras informou que aprovou dividendos no valor de R$ 3,715490 por ação.
O pagamento será realizado em duas parcelas iguais, sendo que a primeira parcela, no valor de R$ 1,857745 por ação preferencial e ordinária em circulação, será paga em 20 de junho de 2022.
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Já a segunda parcela, no valor de R$ 1,857745 por ação preferencial e ordinária, será paga em 20 de julho de 2022.
A data de corte será de 23 de maio de 2022 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e o record date será dia 25 de maio de 2022 para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE).
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