Marisa (AMAR3) tem prejuízo 44,5% maior, mas vendas acima do pré-pandemia

Vendas mesmas lojas subiram 48% de janeiro a março, após recuarem quase 30% há um ano; frente 1º trimestre de 2019, alta foi de 1,5%

Fernando Lopes

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A varejista Marisa (AMAR3) teve prejuízo líquido de R$ 77,2 milhões no balanço do primeiro trimestre, o que representou um aumento de 44,5% das perdas em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 53,4 milhões.

Segundo a empresa, o resultado líquido é reflexo da queda acentuada de fluxo nas lojas em janeiro e da baixa diluição de despesas ao longo do trimestre.

“Isso, somado ao aumento de provisões para perdas do lado do Mbank e maior conservadorismo na operação para o enfretamento de um cenário macro mais desafiador, contribuíram ao resultado líquido ainda negativo no trimestre”, detalhou a empresa no relatório de administração que acompanha o balanço.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado total recuou 54,4%, para R$ 30,3 milhões no 1T22, contra os R$ 66,4 milhões do 1T21.

A empresa justifica o resultado dizendo que refletiu “a baixa diluição das despesas operacionais do varejo, devido ao volume de vendas sazonalmente baixo – característico do primeiro trimestre do ano -, somado à alta da inadimplência observada no início do ano”.

Receitas da Marisa

A receita líquida do varejo subiu 49,9%, chegando a R$ 434,8 milhões neste primeiro trimestre de 2022, em relação aos R$ 290,0 milhões de um ano atrás.

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A vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) cresceu 48,0% no 1T22, na comparação com o 1T21.

Em relação ao primeiro trimestre de 2019, período pré-pandemia, as vendas SSS subiram 1,5%.

“Apesar da queda mais acentuada de fluxo em janeiro – efeito combinado de ômicron e férias – tivemos uma recuperação expressiva de SSS nos meses de fevereiro e março, com alta de 14% e 10% versus os mesmos meses de 2019, respectivamente”, explica a Lojas Marisa.

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“Nossas lojas de rua tiveram uma recuperação mais modesta que as de shopping, que se beneficiaram mais com a retomada de fluxo”, segue a empresa.

“Vale destacar que tais níveis de SSS, apesar de a recomposição de preço como principal driver – fruto dos menores níveis de markdowns – também refletem melhorias importantes nos níveis de conversão e a gradativa recuperação de fluxo”.

Lojas físicas e digitais

No 1º trimestre, a operação de lojas físicas teve alta de 57,4% ante o 1T21 e queda de 5,2% em relação ao pré-pandemia do 1T19.

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Com relação ao resultado digital, a Lojas Marisa argumenta que, “dada a base de comparação bastante elevada de 2021, as vendas do nosso canal digital ficaram praticamente estáveis ano contra ano, ao mesmo tempo registrando uma alta de 146,4% contra 1T19 – forte indicativo de como a companhia conseguiu entregar uma plataforma robusta desde o lançamento do aplicativo em 2020”.

A participação digital nas vendas totais foi de 10,9%, o que corresponde a um crescimento de 4,2% diante do pré-pandemia (1T19). Entretanto, houve recuo de 16,2%, por conta da reabertura das lojas físicas.

As despesas com vendas chegaram a R$ 277,3 milhões, e cresceram em relação ao 1T21 (8,7%, mas queda de 9,1% em termos reais, descontando a inflação).

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