Lojas Quero-Quero (LJQQ3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 4,4 milhões no segundo trimestre

Varejista especializada na venda de materiais de construção divulgou resultado nesta quarta-feira (3)

Vitor Azevedo

Lojas Quero-Quero
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A Lojas Quero-Quero (LJQQ3), especializada na venda de materiais de construção, divulgou resultado do segundo trimestre de 2022 nesta quarta-feira (3) com um prejuízo de R$ 4,4 milhões, revertendo lucro de R$ 16 milhões do mesmo período de 2021.

A projeção média de analistas consultados pela Refinitiv era de um prejuízo de R$ 7 milhões, uma receita de R$ 556 milhões e um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 23 milhões.

A receita líquida da Lojas Quero-Quero foi de R$ 556,2,2 milhões, dentro do consenso e com alta de 1,5% na base anual. “O bom desempenho da receita com serviços financeiros e cartão de crédito compensou parcialmente a redução da receita do varejo no trimestre”, comenta a companhia no documento publicado no início da noite desta quarta-feira (3).

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Ainda de acordo com a empresa, a receita bruta do varejo apresentou uma leve queda de 2,9% no trimestre, chegando a R$ 463,6 milhões, baixa explicada pela pressão na renda dos consumidores, devido à maior inflação no período, e pela normalização do consumo pós-pandemia. A receita bruta dos serviços financeiros, por outro lado, ficou em R$ 142,2 milhões, alta de 18% no ano.

A companhia encerrou o trimestre com 493 lojas, com 14 novas lojas sendo somadas apenas entre abril e junho e 28 novas lojas no ano. As vendas mesmas lojas recuaram 10,8% no ano.

O lucro bruto recuou 4,8% no ano, para R$ 186,9 milhões – com peso, segundo a Lojas Quero-Quero, de novas regras fiscais.

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“Os principais indicadores macroeconômicos não apresentaram melhora ao longo do primeiro semestre, principalmente com relação ao consumo e renda. Além disso, a base de comparação do nível de vendas é elevada, pois o mercado de varejo, no qual estamos inseridos, apresentou forte desempenho entre o terceiro trimestre de 2020 e o segundo de 2021”, justificam.

As despesas operacionais subiram 6,4% na base anual, para R$ 165,4 milhões, com os gastos com vendas saltando 9,5%, para R$ 114,3 milhões, e os gastos gerais e administrativos avançando 9,5%, para R$ 114,3 milhões.

O Ebitda ficou em R$ 47,5 milhões, caindo 22% frente na base anual, com impacto de “investimentos realizados em expansão, com a aceleração do ritmo de abertura de novas lojas e da inauguração de dois novos centros de distribuição”.

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Por fim, a Quero-Quero também registrou um resultado financeiro negativo de R$ 27,2 milhões, alta de 73,4% na base anual. “O desempenho reflete o impacto do IFRS-16 em função da aceleração do ritmo de expansão da companhia, a maior taxa de desconto dada a recente inclinação das taxas de juros de longo prazo e ao aumento do custo da dívida em linha com aumento da taxa de juros”, pontuam.

A companhia fechou junho com uma dívida líquida de R$ 230,9 milhões, melhorando frente ao débito de R$ 266,6 milhões registrado em março.

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