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O Bradesco (BBDC4) registrou lucro recorrente de R$ 5,223 bilhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), uma diminuição de 22,8% na comparação com igual período de 2021, informou o segundo maior banco privado do país nesta terça-feira (8). O resultado veio bem abaixo da projeção Refinitiv, que era de R$ 6,76 bilhões.
“As principais razões para esse resultado foram o desempenho da margem financeira com mercado, que foi negativamente afetada pelo nível atual da Selic, o aumento da PDD [Provisão para Devedores Duvidosos] Expandida causado pelo cenário de inadimplência, o reforço da PDD complementar e o impacto da deflação do IPCA no resultado financeiro de seguros”, explica o banco.
O lucro líquido contábil foi de R$ 5,211 bilhões no 3T22, uma redução de 21,6% em relação ao mesmo período de 2021.
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A margem financeira total atingiu R$ 16,283 bilhões no terceiro trimestre de 2022, um aumento de 3,7% na comparação ano a ano.
As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,856 bilhões entre julho e setembro de 2022, crescimento de 1,1% na base anual.
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O resultado operacional foi R$ 7,047 no terceiro trimestre de 2022, um recuo de 33,5% na comparação ano a ano.
As despesas operacionais totalizaram R$ 12,418 bilhões no 3T22, um aumento de 4,5% sobre o mesmo trimestre de 2021.
Carteira de crédito expandida avança 13,6% na base anual
A carteira de crédito expandida foi de R$ 878,6 bilhões entre julho e setembro de 2021, um aumento de 13,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Os ativos totais atingiram R$ 1,891 trilhão no terceiro trimestre de 2022, uma elevação de 10,2% na comparação com igual etapa do ano passado.
O patrimônio líquido do banco somou R$ 156,9 bilhões no 3T22, avanço de 6,3% sobre a mesma etapa de 2021.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês), que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, foi a 13%, com forte baixa de 5,6 pontos percentuais (p.p.) na comparação com mesmo trimestre do ano passado.
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A PPD expandida totalizou R$ 7,267 bilhões entre julho e setembro deste ano, crescimento de 116,4% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
De acordo com o Bradesco, o aumento da PDD no trimestre reflete o maior volume dos negócios em operações mais rentáveis e de maior risco, o reforço de cerca de R$ 1 bilhão de PDD complementar e, também, as condições do cenário econômico, que contribuíram com o aumento da inadimplência.
O índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 3,9% no 3T22, alta de 1,3 ponto percentual ante o 3T21 e voltando ao maior nível em quatro anos.
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O banco, no entanto, notou que o índice 15 a 90 dias manteve-se pelo terceiro trimestre seguido, “o que pode indicar o pico da inadimplência nos próximos trimestres”.
O desempenho do trimestre ainda foi pressionado por uma perda de R$ 1,2 bilhão nas operações de tesouraria, após ter tido resultado positivo de R$ 1,6 bilhão um ano antes. O braço de seguros também teve queda no lucro, diante de resultados financeiros mais fracos.
Projeções
O banco também elevou a estimativa das provisões para o acumulado de 2022, da faixa de R$ 17 bilhões a R$ 21 bilhões de reais, para R$ 25,5 bilhões a R$ 27,5 bilhões de reais.
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“Entramos agora em um momento de aumento de provisões, tendência que deve se manter até parte de 2023”, afirmou em comunicado separado o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, citando piora nos segmentos de pessoas físicas e micro e pequenas empresas.