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O Banco do Brasil (BBAS3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 8,36 bilhões, informou a instituição financeira estatal nesta quarta-feira (9), acima do esperado.
A expectativa do consenso Refinitiv era de um lucro de R$ 7,36 bilhões, ante dado de R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre de 2022.
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A margem financeira líquida do Banco do Brasil foi de R$ 15,041 bilhões no período, alta de 28,4% em bases anuais.
A carteira de crédito ampliada do banco atingiu R$ 969,2 bilhões no período, alta anual de 19% em relação a um ano antes e de 5,4% na comparação trimestral.
A carteira ampliada pessoa física cresceu 2,7% no trimestre e 10,9% em 12 meses, influenciada pela performance positiva no crédito consignado (+2,4% no trimestre e +8,3% em 12 meses), empréstimo pessoal (+3,9% no trimestre e +22,6% em 12 meses) e cartão de crédito (+3,4% no trimestre e +31,5% em 12 meses).
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A carteira ampliada PJ registrou incremento trimestral de 5,3% e de 20,2% em 12 meses.
A carteira ampliada de Agronegócios expandiu 9,1% no trimestre e 26,7% em 12 meses.
A receita do banco com prestação de serviços cresceu 11% em bases anuais, para R$ 8,5 bilhões.
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No 3T22 as despesas administrativas totalizaram R$ 8,4 bilhões, 1,2% superior em relação ao trimestre anterior.
Índices de inadimplência
O índice de inadimplência do Banco do Brasil referente a operações vencidas há mais de 90 dias terminou o mês de setembro em 2,34%. Ao final do segundo trimestre, o índice estava em 2% e findou o mesmo período do ano passado em 1,82%.
O índice de cobertura do banco, relação entre o saldo de provisões e o saldo de operações vencidas há mais de 90 dias, recuou para 234,9%, de 271% ao final do segundo tri.
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O BB elevou a despesa com provisão para perdas esperadas com inadimplência em 15,1% no comparativo anual, para R$ 4,517 bilhões.
Banco do Brasil revisa projeções para 2022
Junto com os resultados do segundo trimestre, o Banco do Brasil apresentou novas revisões de projeções para 2022. Agora a instituição financeira prevê lucro líquido ajustado entre R$ 30,5 bilhões e R$ 32,5 bilhões em 2022. O guidance anterior previa uma cifra entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões.
Para a carteira de crédito do banco, a previsão de crescimento, antes entre 12% e 16%, agora é de 15% a 17%.
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No entanto, o banco revisou para baixo o guidance da carteira pessoa física, antes entre 11% e 15% e agora entre 11% e 13%.
Por outro lado, a projeção para a carteira de empresas foi revisada para cima. Da faixa de 8% a 12% de crescimento, passou para 15% a 17%.
O Banco do Brasil também fez novas projeções de crescimento para sua receita com prestação de serviços, que devem crescer entre 9% e 11% este ano. No guidance anterior, a previsão era de alta entre 6% e 9%.
As projeções para a carteira de crédito do agronegócio foi mantida. O banco também não revisou o guidance de provisões para empréstimos inadimplentes (que deve terminar o ano entre R$ 14 bilhões e R$ 17 bilhões) nem o de despesas administrativas.
Proventos
O BB informou ainda ter aprovado a distribuição de R$ 485.697.824,86 a título de remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e R$ 1.810.536.945,56 sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), ambos relativos ao terceiro trimestre de 2022.
Os pagamentos, somados, totalizam cerca de R$ 2,3 bilhões.
O valor por ação dos dividendos é de R$ 0,17020609037 e o valor por ação do JCP é de R$ 0,63447765093 .
O BB pagará os dividendos em 30 de novembro, tendo como base a posição acionária de 21 de novembro. Ou seja, as
ações serão negociadas “ex” (sem direito aos proventos) a partir do dia 22.
Saiba como analisar resultados de bancos assistindo ao vídeo abaixo: