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O Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,039 bilhões, segundo balanço divulgado na noite desta segunda-feira (13). A cifra é 52,4% maior que a registrada um ano antes.
O resultado ficou acima do esperado. O consenso Refinitv previa R$ 8,083 bilhões de lucro reportado.
O lucro líquido do banco para o período foi de R$ 8,627 bilhões, alta de 61,2% na comparação anual.
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A margem financeira líquida do Banco do Brasil foi de R$ 14,917 bilhões no período, crescimento de 35,5% em bases anuais.
A carteira de crédito ampliada do banco atingiu R$ 1,004 trilhão no período, aumento de 14,8% em relação a um ano antes e de 3,7% na comparação trimestral.
O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) anualizado alcançou 23,0% no 4T22.
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O índice de inadimplência para empréstimos acima de 90 dias foi de 2,34% em setembro para 2,51% ao final de dezembro de 2-2022.
A PCLD Ampliada, composta pelos valores recuperados de perdas e despesas de risco de crédito, além de descontos
concedidos e perdas por imparidade, totalizou R$ 6,5 bilhões no 4T22, aumento de 44,7% na comparação trimestral
e de 72,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Banco provisionou R$ 788 milhões para Americanas
“O risco de crédito do 4T22 foi impactado pela contabilização de evento subsequente que gerou a constituição de provisão para empresa do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023″, disse o texto que acompanha o balanço, sem citar diretamente o caso Americanas (AMER3).
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Assim, o BB informa ter provisionado R$ 788 milhões para o caso, correspondente a 50% da exposição ao ativo.
“Os desdobramentos do caso estão sob monitoramento
constante e o volume de provisão acompanhará a evolução das negociações”, diz o texto que acompanha o balanço.
Em caso de agravamento do risco, o BB informa que o impacto em provisão já está devidamente contemplado nas projeções corporativas de 2023.
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Desconsiderando o evento subsequente, o lucro líquido ajustado seria de R$ 9,4 bilhões no trimestre, equivalente a um RSPL anualizado de 23,4%.
Caso o banco decidisse provisionar 100% da exposição, o lucro líquido ajustado no trimestre seria de R$ 8,6 bilhões, com um RSPL anualizado de 21,8%.
No ano de 2022 como um todo, o resultado ajustado do Banco do Brasil alcançou R$ 31,8 bilhões, crescimento de 51,3% na comparação com 2022. O RSPL foi de 21,1%.
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Sem o provisionamento de Americanas, o lucro líquido ajustado de 2022 seria de R$ 32,2 bilhões. Se o banco optasse por ter feito 100% de provisão para o caso, em uma simulação, o lucro líquido ajustado teria sido de R$ 31,4 bilhões no ano.
Projeções para o ano
O BB ainda publicou o seu guidance para 2023. O banco estatal prevê lucro líquido ajustado crescendo de R$ 33 bilhões a R$ 37 bilhões em 2023.
A projeção é de um aumento da margem financeira bruta entre 17% a 21% neste ano.
Enquanto isso, o BB projeta uma expansão da carteira de crédito de 8% a 12%, sendo de 7% a 11% para pessoas físicas e empresas e de 11% a 15% para o agronegócio.
A projeção é de elevação da receita de serviços de 7% a 11%, mesmo percentual do aumento previsto nas despesas administrativas.
O banco projeta uma despesa com provisão para crédito ampliada entre R$ 19 bilhões e R$ 23 bilhões em 2023.
Proventos
O BB ainda informou que fará o pagamento de proventos no valor de cerca de R$ 2,3 bilhões. Destes, cerca de R$ 672 milhões será na forma de dividendos e R$ 1,636 bilhão sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), ambos relativos ao quarto trimestre de 2022. O valor corresponde a R$ 0,23549139130 por cada ação BBAS3 em dividendos (R$ 0,23922741843 atualizado até esta segunda) e de R$ 0,57353180827 em JCP complementar (R$ 0,58263078375 atualizado até dia 13).
Os valores pagos serão atualizados, pela taxa Selic, da data do balanço, ou 31 de dezembro de 2022, até a data do pagamento, 3 de março de 2023, e terão como base a posição acionária de 23 de fevereiro de 2023. Assim, s ações serão negociadas a “ex” a partir de 24 de fevereiro.
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