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O lucro líquido da Ambev (ABEV3) foi de R$ 3,215 bilhões no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 13,4% em relação ao mesmo período de 2022. Já o lucro ajustado foi de R$ 3,229 bilhões, queda de 13,9% na base anual.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 5,6 bilhões, alta de 2,4%. Segundo a companhia, o indicador foi impulsionado pelo desempenho da receita, porém parcialmente compensado pelos preços das commodities e contínuas pressões inflacionárias que pressionam as despesas (SG&A) de modo geral.
“O lucro ajustado diminuiu 13,9% em relação a R$ 3,753 bilhões no terceiro trimestre de 2021, uma vez que o crescimento do Ebitda foi mais do que compensado por maiores despesas financeiras e maior alíquota efetiva de impostos dada a reversão extraordinária de aproximadamente R$ 754 milhões de imposto de renda e contribuição social diferidos no terceiro trimestre de 2021”, diz a companhia.
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A companhia apresentou ainda volume de 46,3 milhões de hectolitros, alta de 1,3% e um recorde para o terceiro trimestre.
A alta do volume foi liderada pelo segmento brasileiro de bebidas não-alcoólicas (NAB), com alta de 10,2%, América Latina Sul (LAS), com avanço de 4,5% e Canadá, alta de 3,4%. Já o volume de cerveja no Brasil ficou estável em comparação com um desempenho forte do 3T21. O volume da América Central e Caribe (CAC) diminuiu 18,7%, conduzido pela República
Dominicana e pelo Panamá.
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Enquanto isso, a receita líquida foi de R$ 20,587 bilhões, alta de 11,3% frente ao apresentado um ano antes.
A projeção Refinitiv era de que a companhia de bebidas registrasse um Ebitda de R$ 5,281 bilhões. Já para a receita, a expectativa era de R$ 20,21 bilhões no trimestre.
A receita líquida das operações no Brasil teve alta de 19,7%, para R$ 10,768 bilhões. Já o Ebitda no Brasil foi de R$ 2,807 bilhões, avanço de 23,5%. De acordo com a Ambev, o destaque no mercado brasileiro foi o segmento de marcas premium, como Chopp Brahma e Original. Apesar do maior faturamento, o segmento de cervejas no Brasil teve queda de 0,03% nos volumes, para 23,483 milhões de hectolitros.
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“O trimestre foi marcado pelo momentum no Brasil mais do que compensando ventos contrários contínuos em algumas de nossas operações internacionais, particularmente em CAC. A inflação continuou a pressionar custos e despesas em nossos mercados, mas o crescimento contínuo do volume e o melhor desempenho da ROL/hl levaram a crescimento de dois dígitos tanto na receita como no EBITDA. Além disso, o desempenho do Brasil durante o 3T22 melhorou em relação ao 1S22, e continuamos no caminho certo para entregar melhor crescimento de receita líquida e Ebitda no 2S22, embora nossas operações internacionais ainda não tenham melhorado”, afirmou.