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(Bloomberg) – O minério de ferro segue rumo à maior alta semanal em quase dois meses, impulsionado pela expectativa de reposição de estoques de usinas chinesas e menor oferta global.
A matéria-prima subiu esta semana em reação ao corte da estimativa de produção pela Vale e melhor cenário para a demanda de usinas. Ainda assim, os preços caíram mais da metade desde a máxima em maio e fecharam novembro com período recorde de perdas mensais sob o peso de restrições na China, que encolheram o consumo a longo do ano.
Com melhores margens de lucro, siderúrgicas têm conseguido repor estoques de curto prazo, disse Wang Haitao, analista da Huatai Futures. Mas, no longo prazo, os volumes e consumo de aço moderados criam um cenário baixista para os preços do minério de ferro.
Investidores também precisam monitorar o impacto dos recentes surtos de Covid-19 sobre consumidores de aço bruto, disse Wang. A China registrou 73 infecções por coronavírus em 1º de dezembro e fechou uma fronteira ferroviária com a Mongólia devido ao surto. O governo chinês disse que está pesquisando uma vacina contra a ômicron, embora ainda não tenha divulgado casos da variante.
No lado da oferta, os embarques no mês passado permaneceram fracos devido às fortes chuvas no Brasil, em ambos os sistemas Norte e Sul da Vale, de acordo com a empresa de rastreamento de granéis sólidos DBX Commodities. A intensa atividade de manutenção em Port Hedland, na Austrália, também afetou as exportações da BHP e Fortescue Metals, disse.
Os futuros de minério de ferro eram negociados com baixa de 1,5%, cotados a US$ 101,90 a tonelada às 15h28 de Singapura, reduzindo o ganho semanal de mais de 6%, o maior desde 8 de outubro. Os contratos em Dalian caíram, enquanto em Xangai a sessão também foi de perdas para o vergalhão de aço e bobina a quente.
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