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O Bradesco BBI rebaixou recomendação para ações da Rede D’Or (RDOR3) de compra para neutra, uma vez que não está mais otimista em relação ao setor de saúde em 2024, apesar do desempenho inferior em relação ao Ibovespa em 2023.
Já o preço-alvo foi cortado de R$ 35 para R$ 31, com base na avaliação de 16 vezes Preço/Lucro para 2025, um prêmio de 38% contra 11,6 vezes da Hapvida (HAPV3), acima do justo de 15%, na visão do banco, e com o crescimento dos riscos ao ambicioso plano de expansão da companhia dado o cenário negativo dos pagadores.
Os analistas do banco também justificam a visão mais cautelosa em função da persistência de um cenário desafiador para os prestadores, devido aos MLR (taxa de sinistralidade) ainda elevados entre os pagadores, apesar dos fortes aumentos de preços em 2023, e de um declínio nas receitas financeiras esperado para 2024 devido a taxas de juro mais baixas. Além disso, o banco destaca risco de tributação do benefício fiscal de ICMS para farmacêuticas, especialmente HYPE, devido ao seu incentivo fiscal e relevância fiscal de ICMS acima do mercado (13% da receita líquida).
Segundo relatório, os pagadores poderiam focar mais nos custos, pois os aumentos de preços podem estar atingindo seu limite (42% em dois anos para contratos corporativos renovados no 3T23) e já levando a uma queda no número de beneficiários (-4,5% para o Bradesco e -3,5% para a SulAmérica em 2023).
A equipe de research do BBI reduziu novamente suas estimativas de lucro líquido para 2024, em 8% em média (liderado por -25% para Viveo e -15% para Hapvida), sendo -8% abaixo do consenso.
Apesar do ceticismo com o setor de saúde nesta ano, o BBI mantém recomendação outperform (equivalente à compra) para Hapvida (HAPV3), Oncoclínicas (ONCO3) e Viveo (VVEO3), sobre avaliação.