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SÃO PAULO – Ocorre desde a última terça-feira (23), em Nova York, o encontro anual da Clinton Global Initiative, que reúne diversas personalidades para discutir problemas e soluções em relação ao planeta. Entre os principais debates estão o desenvolvimento por parte de empresas de fontes sustentáveis ??de recursos naturais em um mundo onde a população mundial está em crescimento.
Com as demandas de diversos recursos, desde comida e água até minerais, continuando a subir, as empresas e os governos estão cada vez mais se esforçando para realizar uma série de medidas para desenvolver uma cadeia de suprimentos mais sustentável.
Este ano, a conferência, que vai até o dia 26, deve reunir mais de 1.000 líderes, sendo alguns deles chefes e ex-chefes de estado, como o presidente Barack Obama e Bill Clinton – criador da Iniciativa, que devem debater sobre os problemas em relação aos recursos naturais e que ajudam a manter a economia global no rumo certo.
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De acordo com uma pesquisa realizada pelo Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas) – a maior iniciativa do mundo para desenvolver uma economia global mais sustentável -, dois terços dos mais de 1.000 CEOs entrevistados acreditam que a economia global não está no caminho certo para atender as demandas de uma população em crescimento.
Porém, o cenário só tende a piorar. De acordo com projeções, a população mundial, atualmente em torno de 7 bilhões de pessoas, deve atingir os 8 bilhões em 2030, sendo que a grande parte desse crescimento deve ocorrer no mundo desenvolvido, ou seja, o consumo deve crescer radicalmente. A expectativa é que pessoas que possuem mais de US$ 10 para gastar por dia cheguem a 4,8 bilhões, ante os atuais 1,8 bilhão.
Apesar de uma maior conscientização da necessidade de se adotar práticas sustentáveis ??”os esforços empresariais nesta área podem ter estagnado”, é o que aponta um relatório produzido pela Accenture. No curto prazo, o clima econômico difícil tornou mais complicado para as empresas justificarem esses tipos de investimentos. Mas a perspectiva de longo prazo não mudou, de acordo com Craig Hanson, diretor do programa de pessoas e ecossistemas do World Resources Institute.
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Por outro lado, os executivos afirmam que é difícil justificar esses investimentos em sustentabilidade. De acordo com estudo da ONU, os “sinais dos consumidores são misturados” e “o interesse do investidor é desigual” quando o assunto é investimento em sustentabilidade. Os CEOs ouvidos também dizem que empresas e governos precisam colaborar uns com os outros para que esses esforços tenham sucesso.