Recorde do Ibovespa, Focus, Galípolo, Kamala Harris e mais assuntos desta 2ª feira

Confira os principais destaques da sessão desta segunda-feira (19)

Equipe InfoMoney

Publicidade

O Ibovespa renovou sua máxima histórica durante o pregão da última sexta-feira (16), ao bater nos 134.781 pontos, mas entrou em um movimento de correção e fechou em baixa de 0,15%, aos 133.953 pontos. Assim, o recorde de pontos do Ibovespa – de fechamento – segue nos 134.193,72, obtidos no fechamento de 27 de dezembro do ano passado. Mas investidores devem ficar de olho nos próximos movimentos.

Segundo análise técnica, a Bolsa está em um ponto de forte de resistência – movimento técnico que atrai vendedores –, o que pode trazer uma correção “saudável” antes de possíveis novos pontos de alta, como os 137 mil pontos, que é o próximo nível técnico relevante do Ibovespa.

Investidores também devem ficar atentos ao Boletim Focus desta segunda-feira, já que as projeções para o PIB podem ser elevadas, sobretudo após a surpresa positiva com o IBC-Br, de junho, que veio bem acima do previsto. Ao mesmo tempo, as projeções para a Selic também podem passar por alta, já que uma atividade mais aquecida pode elevar a inflação.

Enquanto isso, o diretor de política monetária do Banco Central e favorito para assumir a presidência da autarquia, Gabriel Galípolo concede palestra em evento promovido pela VB Comunicação, em Belo Horizonte.

No exterior, o mercado voltará sua atenção para o Partido Democrata, que realiza sua convenção e que devev formalizar Kamala Harris como candidata à presidência dos Estados Unidos, na disputa com Donald Trump na eleição de 5 de novembro.

Pesquisas de opinião mostram que Harris trouxe nova energia para a campanha, diminuindo a diferença nas pesquisas em relação a Trump, tanto nacionalmente quanto em Estados altamente competitivos, que desempenharão papel decisivo na escolha do sucessor do presidente democrata Joe Biden.

Continua depois da publicidade

O que vai mexer com o mercado nesta 2ª feira

Agenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com ministros da aérea econômica e líderes do governo, em meio a embates entre Executivo e Legislativo na reta final das discussões para votação do projeto da desoneração da folha de pagamentos.

Mercados internacionais

Os principais índices futuros de Nova York operam sem direção única, no início de uma semana que será marcada pelo o simpósio de Jackson Hole do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em Wyoming. A ata da reunião da última reunião do Fed também é destaque e será divulgada na quarta-feira (21).

Já os mercados asiáticos fecharam mistos, à medida que investidores se preparam uma série de comunicados dos bancos centrais e dados de inflação nesta semana. O Banco da Coreia divulgará sua decisão de juros na quinta-feira, enquanto os dados de inflação do Japão e Cingapura serão divulgados na sexta-feira. A China anunciará suas taxas preferenciais de empréstimos de um e cinco anos na terça-feira.

Continua depois da publicidade

Economia

A variação de 1,37% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em junho, acima do esperado, levou o mercado a aumentar suas estimativas para o PIB neste ano. Pesquisa do Projeções Broadcast mostra que a mediana para o crescimento do indicador no segundo trimestre passou de 0,5% para 0,9%; para o ano, foi de 2,2% para 2,4%, na comparação com o levantamento realizado em 15 de julho.

Segundo analistas, o avanço em junho do IBC-Br confirmou a percepção de que os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre a atividade foram menos intensos do que o esperado.

Esse cenário de aquecimento da economia, com possível pressão sobre a inflação, também reforçou em parte do mercado a avaliação de que o Copom, do Banco Central, poderá retomar o ciclo de alta da Selic (a taxa básica de juros) ainda neste ano.

Continua depois da publicidade

Política

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), destravou o andamento de propostas que restringem decisões do Supremo Tribunal Federal, em meio ao embate entre o Congresso e o STF pela decisão da corte de congelar parcialmente a liberação dos recursos de emendas parlamentares.

Lira decidiu enviar duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara: uma delas limita poderes para ministros do Supremo tomarem determinadas decisões individualmente, e outra prevê que decisões do Supremo possam ser até mesmo derrubadas pelo Congresso Nacional.

Reforma tributária

A partir do próximo dia 26, a Câmara dos Deputados continuará a votação do projeto que regulamenta a gestão e fiscalização do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Nesse esforço concentrado, os deputados votarão os destaques apresentados pelos partidos propondo mudanças no texto do Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/24, do Poder Executivo.

Continua depois da publicidade

Na última quarta-feira (13), o Plenário aprovou o texto-base do relator, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), no qual outros temas são tratados, como a regulamentação do imposto sobre doações e causa mortis (ITCMD).

Desoneração

A deliberação do projeto de lei que trata do regime de transição para o fim da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia foi adiada para a próxima terça-feira (20). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, acatou o pedido de seguir com a discussão da matéria na próxima sessão deliberativa. Na última quinta (15), o senador Jaques Wagner (PT-BA) apresentou ao Plenário seu substitutivo (texto alternativo) ao PL 1.847/2024, do senador licenciado Efraim Filho (União-PB).

Empresas

Cogna (COGN3)

A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação autorizou o início das atividades do curso superior de graduação em medicina da Faculdade Anhanguera São Luís, no Maranhão, informou a Cogna. O curso tem 60 vagas que serão ofertadas anualmente.

Continua depois da publicidade

Cielo (CIEL3)

A Cielo anunciou na noite da sexta-feira (16) que restam em circulação ações de emissão da companhia representativas de porcentual inferior a 5% do capital social e, por isso, serão adotadas as medidas necessárias para convocar oportunamente uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) a fim de deliberar sobre o resgate compulsório da totalidade das ações em circulação remanescentes.

(Com Reuters e Agência Senado)