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O reconhecimento da Rússia de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia como entidades independentes desencadeará sanções da União Europeia, disseram a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em comunicado conjunto nesta segunda-feira.
“Este passo é uma violação flagrante do direito internacional, bem como dos acordos de Minsk”, disseram Von der Leyen e Michel. “A União (Europeia) reagirá com sanções contra os envolvidos neste ato ilegal.”
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou nesta segunda um decreto para reconhecer duas regiões separatistas do leste da Ucrânia como independentes, em uma cerimônia de assinatura exibida na televisão estatal.
Putin disse estar confiante de que os cidadãos russos apoiarão a decisão, rebatendo os alertas ocidentais de que tal medida seria ilegal e acabaria com as negociações de paz.
O presidente russo disse ainda que acreditava que o Ocidente iria impor sanções contra Moscou independentemente das ações que a Rússia tomasse em relação à Ucrânia, e disse que seu país tinha todo o direito de tomar medidas de retaliação. Putin disse que a Rússia tem o direito de proteger sua segurança e que nunca abandonaria sua soberania e seus valores nacionais.
Mais cedo, Putin havia anunciado que iria reconhecer as áreas separatistas da Ucrânia após solicitação pública dos líderes de Donetsk e Lugansk.
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A decisão, que põe fim ao processo de paz neste conflito, foi divulgada pelo Kremlin à agência estatal RIA. A medida foi adiantada por Putin ao chanceler alemão, Olaf Scholz, e ao presidente da França, Emmanuel Macron, que convocou seu Conselho de Segurança Nacional.
Os dois condenaram a atitude e afirmaram estar “decepcionados”, mas indicaram disposição de continuar os contatos.
(com Reuters e Ansa Brasil)
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