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Com a queda de quase 12% em 2021 do Ibovespa, as empresas aproveitaram a baixa do valor de mercado e ampliaram os anúncios sobre recompras de ações em 45% no ano passado em relação a 2020, segundo levantamento realizado pela MZ e divulgado com exclusividade pelo InfoMoney.
De acordo com o estudo, 107 empresas arquivaram 144 documentos sobre recompra de ações em 2021 na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), via fato relevante ou comunicado ao mercado, dentre um universo de mais de 300 empresas acompanhadas pela MZ. Um ano antes foram 74 empresas.
As companhias abertas consideram a abertura de programas de recompras de ações nos momentos em que consideram que o preço de seus papéis em circulação na bolsa estão desvalorizados demais. Assim, quando o valor se recuperar, mais para frente, podem vender essas ações novamente.
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Entre os anúncios, 78,5% deles referiram-se ao início ou a renovação dos planos de recompra. Agosto foi o mês em 2021 com mais arquivamentos, totalizando 29, seguido pelo último mês do ano: 21 arquivamentos. Novembro ficou em terceiro lugar com 19 arquivamentos.
Recompras de ações em 2021 na B3 mês a mês. Fonte CVM; elaboração MZAinda de acordo com levantamento realizado pela MZ, o setor imobiliário [veja no gráfico abaixo] apresentou o maior número de arquivamentos de recompra de ações, contabilizando 25 no total, seguido pelo setor de máquinas, equipamentos, veículos e peças com 15. Tecnologia aparece na sequência com 14 arquivamentos.
Na sequência aparecem: alimentos e bebidas com 13 documentos, saúde com 12, serviços financeiros com 11. Com dez documentos, ficaram varejo e mineração & siderurgia, seguidos de energia elétrica, com nove.
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Recompras de ações foram lideradas participações e investimentos
Já a média de ações a serem resgatadas entre os 144 planos de recompra de ações envolvidos no estudo é de, aproximadamente, 25 milhões.
A quantidade média de ações de planos de recompra de ações arquivados na CVM por setor é a seguinte: participações e investimentos (132,8 milhões), mineração e siderurgia (99,1 milhões) e serviços financeiros (69,7 milhões).
“Se excluirmos os três setores com médias acima de 50 milhões de ações, a média fica em 11,5 milhões de ações recompradas”, diz o estudo.
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Nesta situação, as principais quantidades médias setoriais foram as seguintes: Aluguel de veículos (27,3 milhões), Alimentos e bebidas (24,9 milhões), Saúde (22,7 milhões) e varejo (17 milhões).
Em seguida aparecem: exploração de imóveis (15,4 milhões), educação (14,2 milhões), energia elétrica e imobiliário (12,5 milhões).
Prazos
Pelo estudo, 39,6% dos planos de recompra de ações tinham duração de 18 meses; 22,9% não especificaram e 21,5% eram de doze meses. Entre seis e dez meses foram 7,6% e de um a cinco meses somaram 3,5%.
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De acordo também com o trabalho da MZ, 47% dos planos de recompra de ações buscavam resgatar até 5% das ações em circulação. Em relação ao total de ações, 59% dos planos pretendiam resgatar até 5% delas.
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