Rebalanceamento do Ibovespa pode incluir CXSE3, AURE3 e STBP3, diz analista

Inclusões e exclusões no índice ocorrem no dia 2 de setembro e devem sair do Ibovespa DXCO3 e EZTC3, segundo a XP

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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A cada quatro meses a B3 (B3SA3) faz o rebalanceamento das ações dos seus mais diversos índices, entre eles o Ibovespa, o principal da Bolsa brasileira. O próximo será no dia 2 de setembro. Em resumo, as listas dos índices são referências para analistas e gestores de fundos de investimentos para avaliação de performance.

Júlia Aquino, estrategista da XP, que participou nesta quarta-feira (17) do Morning Call da XP, relacionou, a partir de estudos, as empresas que podem entrar e sair do Ibovespa, do IBX50 (50 ações com maior índice de negociabilidade na bolsa) e do IBX100 (100 ações com maior índice de negociabilidade na bolsa).

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Nova composição do Ibovespa

“O impacto disso ao investidor é que sempre quem entra e quem sai do índice acontece alguma movimentação de mercado que pode ser relevante. Essa movimentação vem dos fundos passivos, que seguem exatamente a composição dos índices, e também dos ETFs, que são negociados em bolsa e copiam exatamente a composição desses índices”, explicou.

Ela ressaltou que o mais relevante deles é o Ibovespa, que tem mais fundos passivos e ETFs que seguem a sua composição.

“Então, toda vez que um nome entra ou sai da carteira do Ibovespa ou de outros índices é comum que esses fundos e ETFs façam o rebalanceamento da sua própria carteira”, complementou.

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2 de setembro é o dia-chave

“No dia 2 de setembro é possível que a gente veja um movimento mais forte de venda ou de compra desses ativos (que saíram ou entraram) por parte desses agentes de mercado que seguem essas carteiras. Isso pode levar a uma pressão positiva ou negativa do preço e também, consequentemente, aumentar ou reduzir a liquidez desses ativos dali para frente”, comentou.

A analista afirma que os ativos que estão dentro de índices costumam ter liquidez aumentada, o que ajuda na negociabilidade dela.

A XP fez estudo de quem pode entrar ou sair dos índices no rebalanceamento do dia 2 de setembro, a partir de cálculos que envolvem volume e quantidade de papéis negociados ao longo dos quatro meses.

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CXSE3, AURE3 e STBP3

No Ibovespa, a probabilidade de entrada é alta da Caixa Seguridade (CXSE3). Enquanto isso, há possibilidade média de entrada para Auren (AURE3) e Santos Brasil (STBP3).

Com relação à exclusão, a XP calcula que a probabilidade é alta de saída tanto da Dexco (DXCO3) como da Eztec (EZTC3).

Segundo Júlia Aquino, a Auren já era uma candidata forte a entrar no Ibovespa no último rebalanceamento (maio). Ela comentou que é importante prestar atenção também na Marcopolo (POMO3).

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A empresa está próxima do limite mínimo para inclusão pelo seu índice de negociabilidade. “Se o volume de negociação da Marcopolo aumentar significativamente até a data do rebalanceamento, é mais um candidato à inclusão no Ibovespa”, disse.

Já no IBX50, pela análise da XP, a probabilidade é alta de entrada da Energisa (ENGI11) e da Vivo (VIVT3).

Por outro lado, a possibilidade é elevada de exclusão das companhias Hypera (HYPE3) e Klabin (KLBN11).

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No IBX100, também pelo estudo da XP, a probabilidade é alta de inclusão da Cury (CURY3) e GPS (GGPS3), e média da Oncoclínicas (ONCO3).

Já com relação às exclusões, a possibilidade é alta para a Copasa (CSMG3) e Dexco (DXCO3), e média para a Ecorodovias (ECOR3) deixar o índice.