Publicidade
A cada quatro meses a B3 (B3SA3) faz o rebalanceamento das ações dos seus mais diversos índices, entre eles o Ibovespa, o principal da Bolsa brasileira. O próximo será no dia 2 de setembro. Em resumo, as listas dos índices são referências para analistas e gestores de fundos de investimentos para avaliação de performance.
Júlia Aquino, estrategista da XP, que participou nesta quarta-feira (17) do Morning Call da XP, relacionou, a partir de estudos, as empresas que podem entrar e sair do Ibovespa, do IBX50 (50 ações com maior índice de negociabilidade na bolsa) e do IBX100 (100 ações com maior índice de negociabilidade na bolsa).
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos
Continua depois da publicidade
Nova composição do Ibovespa
“O impacto disso ao investidor é que sempre quem entra e quem sai do índice acontece alguma movimentação de mercado que pode ser relevante. Essa movimentação vem dos fundos passivos, que seguem exatamente a composição dos índices, e também dos ETFs, que são negociados em bolsa e copiam exatamente a composição desses índices”, explicou.
Ela ressaltou que o mais relevante deles é o Ibovespa, que tem mais fundos passivos e ETFs que seguem a sua composição.
“Então, toda vez que um nome entra ou sai da carteira do Ibovespa ou de outros índices é comum que esses fundos e ETFs façam o rebalanceamento da sua própria carteira”, complementou.
Continua depois da publicidade
2 de setembro é o dia-chave
“No dia 2 de setembro é possível que a gente veja um movimento mais forte de venda ou de compra desses ativos (que saíram ou entraram) por parte desses agentes de mercado que seguem essas carteiras. Isso pode levar a uma pressão positiva ou negativa do preço e também, consequentemente, aumentar ou reduzir a liquidez desses ativos dali para frente”, comentou.
A analista afirma que os ativos que estão dentro de índices costumam ter liquidez aumentada, o que ajuda na negociabilidade dela.
A XP fez estudo de quem pode entrar ou sair dos índices no rebalanceamento do dia 2 de setembro, a partir de cálculos que envolvem volume e quantidade de papéis negociados ao longo dos quatro meses.
Continua depois da publicidade
CXSE3, AURE3 e STBP3
No Ibovespa, a probabilidade de entrada é alta da Caixa Seguridade (CXSE3). Enquanto isso, há possibilidade média de entrada para Auren (AURE3) e Santos Brasil (STBP3).
Com relação à exclusão, a XP calcula que a probabilidade é alta de saída tanto da Dexco (DXCO3) como da Eztec (EZTC3).
Segundo Júlia Aquino, a Auren já era uma candidata forte a entrar no Ibovespa no último rebalanceamento (maio). Ela comentou que é importante prestar atenção também na Marcopolo (POMO3).
Continua depois da publicidade
A empresa está próxima do limite mínimo para inclusão pelo seu índice de negociabilidade. “Se o volume de negociação da Marcopolo aumentar significativamente até a data do rebalanceamento, é mais um candidato à inclusão no Ibovespa”, disse.
Já no IBX50, pela análise da XP, a probabilidade é alta de entrada da Energisa (ENGI11) e da Vivo (VIVT3).
Por outro lado, a possibilidade é elevada de exclusão das companhias Hypera (HYPE3) e Klabin (KLBN11).
Continua depois da publicidade
No IBX100, também pelo estudo da XP, a probabilidade é alta de inclusão da Cury (CURY3) e GPS (GGPS3), e média da Oncoclínicas (ONCO3).
Já com relação às exclusões, a possibilidade é alta para a Copasa (CSMG3) e Dexco (DXCO3), e média para a Ecorodovias (ECOR3) deixar o índice.