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O trader Henrique Pena, ou simplesmente Peninha, atua no mercado financeiro desde 2009. Ele é analista com Certificação Nacional do Profissional de Investimento (CNPI). Com larga experiência, ele desenvolve estratégias de trade automatizadas por meio da Factory 4.
No quinto episódio do programa Técnicas e Trades, no canal GainCast, apresentado por Vitor Pereira, Henrique Pena comentou sobre a utilização de robôs nas operações do trading.
“Sempre gostei de testar sistema de trade e ver se a estratégia funcionava realmente”, diz. Ele recorda que antes de se ter a possibilidade de rodar um backtest (processo de testagem de modelos) em uma plataforma, como hoje se faz, ele “testava à mão” a operação.
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Antes era no Excel
“Abria uma planilha de Excel na tela e o sistema de trade na outra, e vinha passando pregão por pregão onde deu entrada (para operar), planilhava, olhava se deu gain (ganho), se deu loss (perda). Fazia tudo à mão”, recorda.
O trader conta que fazia testes de estratégias no período de seis meses, um ano e dois anos. “Com a evolução de computadores e plataformas (para operação no mercado financeiro), veio a possibilidade de se desenvolver sistemas de trade e executar as ordens (de forma automatizada)”, explica.
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Henrique Pena relata que, com a evolução, possibilitou-se informar ao sistema que, quando tais parâmetros fossem cumpridos, era para comprar ou vender diferentes ativos. “Isso possibilitou testar de maneira automática o sistema de trade”, destaca.
“Desenvolver sistema de trade é um trabalho para mim muito prazeroso. Mas tem muita frustração”, ressalta. O trader explica que é preciso um exaustiva tarefa de desenvolver filtros e conjunto de indicadores antes de testar sistemas automatizados de trade.
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Desafios
“Chegamos numa estratégia hoje que ela deu dinheiro ao longo dos anos. Mas foi um desafio para nós. A gente viu diversas estratégias em que se olhava o backtest dos dois últimos meses e se achava que tinha a ‘galinha dos ovos de ouro’”, afirma. Mas não é bem assim, quando colocava para rodar para valer, acrescenta.
“Quando a gente rodava em testes maiores, passava por frustração porque só via testes espetaculares em prazos curtos”, explica. Mas Henrique Pena e sua equipe conseguiram superar as dificuldades.
“Colocamos para rodar no simulador e, depois, na conta real, e vimos que dava dinheiro. Agora, ele (o sistema) está ligado há 18 meses em conta real, fazendo trade e ao longo desse tempo com uma performance bem positiva. Mas dá um baita trabalho.”
Ele diz que já viu muita gente animada com automação no trade, mas depois de testar, se frustrou.
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“Vejo bons desenvolvedores aparecendo, cada vez mais pessoas com estratégias vencedoras. Vejo a molecada desenvolvendo hoje sistema de trade, testando e mandando para gente dar uma melhorada”, comenta.
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