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Com expectativa de aceleração de ganhos e, o mais importante, “mais barata que nunca”, a Randoncorp (RAPT4) teve sua recomendação elevada se apresenta como uma das principais escolhas no setor para o Itaú BBA. A companhia é considerada “a de valuation mais convincente” do universo de cobertura do banco.
Em relatório publicado nesta segunda (16), o banco afirma que, mesmo sem boas perspectivas no curto prazo, a Randoncorp deve se reerguer em 2024 e é considerada outperform (performance acima da média, similar à compra), com preço-alvo de R$ 16,50 para 2024.
Os papéis da Randoncorp negociam 36% abaixo da sua média história e, se considerados apartados da Frasle (FRAS3), sua subsidiária, o valor chega a 45% da média história. A empresa é negociada a 4,5x o EV (valor da empresa) em relação ao seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) com a Frasle. Sem a subsidiária, a Randon negocia a múltiplos de 3,7 vezes o seu EV/Ebitda.
A ação RAPT4 teve valorização de 36,72% só este ano, com alta de 2,12% na sessão desta segunda (16), cotada a R$ 11,05, por volta da 13h (horário de Brasília).
Transição de motorização e juros devem ajudar em 2024
“Os problemas que afetaram 2023 provavelmente se tornarão fatores positivos em 2024, como visto nas três transições de motorização anteriores em 2006, 2009 e 2012”, considera o relatório, destacando a transição para os padrões Euro 6. Em 2023, a companhia deve enfrentar queda de 23% nas vendas de caminhões.
A demanda, de acordo com o BBA, foi afetada pela mencionada transição, pela taxa Selic em patamares mais elevados, considerando que a maioria das vendas realizadas pela companhia é financiada, e pela inflação acumulada de três dígitos, comparando com os preços praticados antes da pandemia.
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Assim, não somente as questões operacionais poderão garantir melhora de desempenho para o ano que vem, como também o ciclo de alívio nos juros poderá “ser um catalisador para a ação”, no entendimento do banco.
” Isso deve se traduzir em um terceiro e quarto trimestre de 2023 pouco emocionantes para o negócio de autopeças da Randoncorp (excluindo a Frasle) e nas vendas de reboques”, considera o BBA. Para 2024, no entanto, as projeções são otimistas e indicam crescimento de 10% nas vendas para 2024, no pior cenário, e aumento de 40% em visões mais favorável.
Na análise, há consideração de que a linha de receita da Randoncorp deverá ser favorecida pelo desempenho da venda de reboques em 2024, em especial considerando a assimetria atual entre a venda de reboques (com aumento de 5% em relação à 2022) e de caminhões (que amarga queda de 18% na comparação anual).
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“A maior relevância das vendas no exterior após a aquisição da Hercules no segundo semestre de 2022 também contribuirá para a resiliência do segmento e a diversificação geográfica adiante”, comenta.
Frasle: boa escolha mas sem pechincha
A Frasle (FRAS3) é considera uma boa escolha, em especial com foco em crescimento e resiliência mas não é considerada, em primeiro olhar, uma pechincha.
Ainda assim, “o múltiplo da empresa pode ser reclassificado como resultado de um crescimento mais rápido do que o esperado, impulsionado por movimentos inorgânicos e ganhos de participação de mercado orgânico, bem como uma lucratividade estruturalmente mais elevada”, entende o banco.
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A companhia é chamada de “cereja do bolo”, por apresentar forte ímpeto operacional, com taxa de crescimento anual de lucros de 28% entre 2022 e 2025, grande potencial para fusões e aquisições e mudança de imagem de uma “história tradicional de bens de capital” para negócio considerado essencial, com demanda resiliente e boa conversão de caixa.
Assim, o BBA considera que a empresa negocia a “apenas 6 vezes o EV/Ebitda” e 11 vezes o preço sobre o lucro em 2024, o que a torna um bom negócio para o investidor.
A companhia é classificada também como outperform, com preço-alvo de R$ 20,50. Nesta segunda, os papéis da empresa subiam 0,59%, cotada a R$ 15,19 e, em 2023, a variação positiva foi de 60,62%.