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A Raízen (RAIZ4) reportou lucro líquido ajustado recorde de R$ 1,21 bilhão no terceiro trimestre do ano-safra 2021/2022, cifra 217,6% superior, ou de 3,17 vezes ao reportado em igual etapa do ciclo anterior.
O resultado, em base pró-forma, superou com folga os R$ 384 milhões registrados pela companhia em igual período de 2020. Já o lucro líquido contábil atingiu R$ 1,4 bilhão.
A receita líquida somou R$ 55,3 bilhões no trimestre, um aumento de quase 50% no comparativo anual.
O lucro antes do juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou recorde de R$ 3,36 bilhões, crescimento de 5,6% ano a ano.
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De acordo com a Raízen, o desempenho na linha refletiu as boas oportunidades para nossos negócios e consequente expansão dos resultados dos segmentos de Renováveis (Ebitda de R$ 1,4 bilhão) e Marketing & Serviços.
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O lucro bruto da companhia atingiu R$ 4,153 bilhões nesta safra, crescimento de 22,6% em relação à safra anterior.
Endividamento
Em relação à dívida líquida, a companhia informou que houve um incremento de 0,4%, a R$ 19,230 bilhões.
Dessa forma, o índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida liquida e o Ebitda ajustado foi de 1,7 vez, uma redução de 1 vez em relação ao 4T20.
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A Raízen investiu R$ 1,641 bilhão na safra 2021/22, aumento de 62,3% nos investimentos em relação ao mesmo período da safra anterior.
Os aportes foram direcionados principalmente para manutenção de ativos biológicos e entressafra.
Projeções
A Raízen ajustou seu guidance para o ano-safra 2021-2022.
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As novas projeções contemplam Ebitda entre R$ 10,4-11,2 bilhões para o período, além de investimentos na faixa dos R$ 7,1-7,55 bilhões.
Análises
A Raízen lucrou 81% acima da estimativa do BBI, graças à expansão do Ebitda.
O Bradesco BBI apresentou resultados sólidos nas divisões de Açúcar e Renováveis, impulsionados por preços muito fortes de açúcar e etanol que compensaram os fracos volumes de moagem, impactados negativamente pela instabilidade climática (tanto geadas quanto secas).
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No segmento downstream, a margem Ebitda do Brasil subiu para R$ 153/m3 (de R$ 80/m3 no 2T22), uma vez que a empresa se beneficiou da nova dinâmica de fornecimento do Brasil. Por outro lado, as margens caíram significativamente no segmento de downstream internacional, devido à falta de reajustes de preços na Argentina.
O banco mantém avaliação outperform para Raízen, e preço-alvo de R$ 9,00, frente a cotação de segunda-feira (14) de R$ 6,42.
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