Raízen: 4 fatores para comprar as ações RAIZ4, segundo o Santander

Banco iniciou cobertura para os ativos RAIZ4 com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 4

Felipe Moreira

Raízen (Foto: Divulgação)
Raízen (Foto: Divulgação)

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O Santander iniciou a cobertura das ações da Raízen (RAIZ4) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 4, o que implica em um upside (potencial de alta) de valorização de 33% e um retorno total esperado de 40%.

O banco destaca que a crença está baseada em quatro fatores: (i) na rentabilidade do etanol de segunda geração (E2G), beneficiado pelo encerramento dos contratos de cogeração de energia; (ii) crescimento do consumo de combustíveis, apesar da eletrificação da frota da empresa; (iii) normalização dos estoques de etanol e participação da gasolina; e (iv) a desvalorização do real, que ajudou a reforçar os resultados, compensando parcialmente a fraqueza do preço do açúcar.

Sobre o fator i), a rentabilidade do etanol de segunda geração (E2G) se beneficia da rescisão dos contratos de cogeração de energia, bem como o consumo de combustíveis continuando a crescer apesar da eletrificação da frota da empresa.

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Além disso, os analistas apontam para normalização dos estoques de etanol enquanto ganha participação da gasolina, com a depreciação do real ajudando a fortalecer os resultados, parcialmente compensando a fraqueza dos preços do açúcar.

Aprofundando no campo do E2G, o Santander disse estar otimista com o combustível, já que os volumes têm sido mais fortes do que o esperado e os retornos são semelhantes aos seus projetos globais.

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O banco também acredita que a redução dos preços da energia poderia ajudar nas margens, a rescisão dos contratos de cogeração de energia poderia ser uma oportunidade para crescer como fornecedor de tecnologia, e a antecipação da receita poderia resolver problemas de financiamento. O banco ainda observa que os preços fortes persistem.

Por outro lado, segundo relatório, a implementação do E2G tem sido desafiadora devido à inflação e aos atrasos na construção.

O Santander comenta que a frota ainda está se expandindo, e esse aumento nas vendas de veículos elétricos (VE) provavelmente levará muito tempo para ter um impacto significativo na frota. Enquanto isso, o etanol está ganhando participação em relação à gasolina, potencialmente ajudando a normalizar os estoques e permitir a expansão do mercado, enquanto evita a concorrência entre etanol de cana-de-açúcar e de milho no médio prazo.

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Com relação as projeções, o Santander estima um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 14,7 bilhões para o ano fiscal de 2025, próximo ao limite inferior da orientação e 7% abaixo do consenso.

O banco é mais conservador do que o mercado em termos do negócio de Açúcar e Etanol, devido à tendência de queda dos preços do açúcar. Nesse sentido, assumiu um preço médio de US$ 0,19/lb para o ano, contra US$0,21/lb do consenso, pois a perspectiva mais favorável para a safra de 2024-25 do Brasil e da Tailândia pode levar a um pequeno superávit.

Por outro lado, está otimista em relação ao negócio de mobilidade, dada a estratégia da Raízen de focar em margens, em vez de volumes.