Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta terça-feira

Sessão traz pronunciamentos de autoridades dos EUA e coloca papéis de varejistas nas duas pontas do Ibovespa

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A agenda desta terça-feira (24) não traz indicadores relevantes no plano externo, mas ganha importância com a coletiva do presidente dos EUA, Barack Obama, durante a tarde. Por lá, já falaram o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner.

Frente ao Comitê de Serviços Financeiros da Casa dos Representantes, o chairman do Fed afirmou que “apoiar a AIG foi um passo difícil, mas necessário para proteger a nossa economia e estabilizar nosso sistema financeiro”. Geithner, por sua vez, disse que é necessário impor limites a companhias cujo colapso pode levar riscos significativos ao sistema financeiro.

Na agenda brasileira, o destaque fica com a Nota de Mercado Aberto, que mostrou um aumento na dívida pública mensal de fevereiro, para R$ 1,247 trilhão. Ademais, atenção para os resultados operacionais que serão anunciados depois do fechamento do pregão, de CSN e Wilson Sons.

Varejistas em foco

Dentre as empresas que já divulgaram os resultados, vale ressaltar a Perdigão (PRGA3), que reportou um prejuízo líquido de R$ 20 milhões no quarto trimestre, em comparação ao lucro de R$ 98 milhões registrados um ano antes. No acumulado do ano, os ganhos caíram 83%, para R$ 54 milhões. Em resposta, as ações da empresa lideram as perdas do Ibovespa com queda de 6,17%.

Os números da Perdigão deixam os investidores em alerta e pressionam os papéis de outras importantes varejistas na sessão. É o caso de Lojas Americanas (LAME4) e Lojas Renner (LREN3), cujas ações caem, respectivamente, 4,72%, 4,54%, também despontando entre os destaques de queda do principal índice acionário do País.

Na direção contrária, os ativos da Sadia (SDIA4) operam com forte alta de 5,84%, refletindo elevação de recomendação pelo Citigroup em meio a rumores de que a compra pela Perdigão está próxima.

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Telecomunicação, bancos e commodities

No setor de telecomunicações, as ações ordinárias da TIM (TCSL3) sobem 4,20%. A disparada reflete a notícia de que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) manteve a determinação de que o consórcio Telco – controlador da Telecom Italia – deverá lançar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição de Ações) aos acionistas minoritários da operadora de celulares.

Já no setor financeiro, os papéis da Redecard (RDCD3) reagem bem à proximidade da oferta secundária de ações e registram alta de 5,99%, liderando os ganhos do Índice Bovespa. Do lado negativo, os ativos de Unibanco (UBBR11) e Itaú (ITAU4) caem 4,58% e 3,36%, respectivamente, liderando as perdas dos grandes bancos do País.

Por fim, as ações de empresas ligadas às commodities acompanham o fraco desempenho das matérias-primas no mercado internacional e registram queda na sessão. Destaque para as duas principais blue chips brasileiras, Vale (VALE5) e Petrobras (PETR4), que caem, respectivamente, 2,50% e 1,04%.

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Cabe ressaltar ainda que a petrolífera informou à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) duas novas descobertas de indícios de hidrocarbonetos, em blocos localizados na bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. Entretanto, a viabilidade da comercialização do óleo encontrado ainda não foi comprovada.