Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta terça-feira

Ibovespa opera em queda sinalizando início de realização; Petrobras dá sequência aos ganhos e imobiliárias caem

Nara Faria

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SÃO PAULO – Dando início a um movimento de realização após seis pregões consecutivos de alta, o Ibovespa recua 0,69% nesta terça-feira (24). O mercado acompanha cauteloso o impasse nas negociações entre o governo grego e seus credores privados para reduzir a dívida da Grécia.

Na agenda econômica, destaque para o PMI (Índice dos Gerentes de Compras) composto da Zona do Euro, que ficou acima da marca de 50 – que separa expansão de contração da atividade. Na Alemanha o PMI composto preliminar subiu de 51,3,em dezembro, para 54,0, em janeiro, a maior alta em sete meses.

Além disso, o rendimento sobre bônus da Espanha tem estabilidade após emissão de curto prazo. Por aqui, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) do mês de janeiro mostrou alta de 0,65% nos preços, aceleração de 0,09 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando marcou taxa de 0,56%.

Imobiliarias: MRV, PDG e Rossi entre as maiores quedas 
As companhias do setor imobiliário, MRV Engenharia (MRVE3, R$ 13,45, -2,96) , PDG Realty (PDGR3, R$ 6,94, -3,21%) e Rossi (RSID3, R$ 8,92, -2,73%), aparecem entre as maiores quedas do Ibovespa no dia.  

Entre as notícias relacionadas ao setor, a MRV recua a despeito do comunicado de que a imobiliária bateu seu recorde histórico de vendas contratadas para um trimestre entre outubro e dezembro de 2011, chegando a R$ 1,44 bilhão, 33% a mais do que no mesmo período de 2010. Assim, no ano como um todo, esse indicador registrou alta de 15%, alcançando os R$ 4,32 bilhões.

Petrobras edá sequências aos ganhos
Os investidores demonstram ter reagido bem à troca de direção da Petrobras (PETR3, R$ 27,28, +1,76%PETR4, R$ 25,47, +1,35%) anunciada na véspera e os seus ativos da companhia aparecem entre as maiores altas pelo Ibovespa no dia, após encerrar com a principal alta pelo mesmo índice no dia anterior.

Nesta terça-feira há rumores do mercado de que novas mudanças podem ocorrer na diretoria da petrolífera. De acordo com informações do jornal Valor Econômico, a presidente Dilma Rousseff já teria pedido a saída de Almir Barbassa, responsável pelo comando financeiro da petrolífera, por ser muito próximo ao atual CEO. Além disso, Paulo Roberto Costa, que cuida da área de abastecimento, teria um desentendimento com a futura chefe, e também pode deixar o cargo.

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Por fim, na véspera, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu que a alteração na presidência da empresa pode trazerreajustes em seu plano de investimentos. “O próprio Gabrielli, se permanecesse, faria ajustes”, afirmou Lobão.

Vale finaliza compra das ações da Vale Fertilizantes
A Vale (VALE3, R$ 42,79, -0,75%VALE5, R$ 40,80, -0,61%), por sua vez, comunicou que os acionistas da companhia aprovaram o resgate das 5.314.386 ações remanescentes da Vale Fertilizantes em circulação. Entre ordinárias e preferenciais, os papéis representam 0,94% do total das ações da Vale Fertilizantes (FFTL3, R$ 25,00, 0,00%). Com isso, a Vale passará a deter, por meio de controladas, todas as ações ordinárias preferenciais da Vale Fertilizantes.

Entrada do BNDESPar na Duratex
Ainda no dia anterior, a Duratex (DTEX3, R$ 9,46, -2,47%) ) divulgou a emissão de debêntures no valor de R$ 99,999 milhões. Os papéis serão conversíveis em ações, e a captação será feita via BNDESPar (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Participações). O banco de fomento ainda vai oferecer uma linha de crédito adicional de R$ 178,72 milhões.

A operação ainda precisa ser aprovada no âmbito da assembleia geral extraordinária, que será realizada em 8 de fevereiro. Esse levantamento de recursos servirá, de acordo com a companhia, para financiar uma nova linha de painéis de fibra de madeira, com novas máquians e equipamentos, de origem nacional.

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Iberdrola faz oferta para aumentar participação na Neoenergia
Além disso, a Iberdrola ofereceu cerca de R$ 6 bilhões para aumentar sua participação na Neoenergia – controladora de Coelba (CEEB3, R$ 48,00, 0,00%), Celpe (CEPE3, R$ 20,23, 0,00%) e Cosern (CSRN3, R$ 14,00, -1,41%) – de 39% para 75%, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto, citada pela Bloomberg.

A companhia elétrica espanhola espera que a oferta contribua para concluir as negociações com o Banco do Brasil (BBAS3, R$ 25,92, -0,69%) e a Previ, os vendedores, afirmou a fonte nesta terça-feira (24).

Embraer aprova recompra de ações
Já o conselho de administração da Embraer (EMBR3, r$ 12,01, -1,15%) aprovou a recomprar até 1,065 milhão de ações para atender aos programas de opções de compra da empresa, de acordo com comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na noite de segunda-feira (23). 

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O montante disponível para recompra representa cerca de 0,15% do total dos papéis em circulação no mercado. A fabricante de aeronaves explica que as ações adquiridas em cada pregão da BM&FBovespa não superarão 30% do volume médio diário negociado. As corretoras do Itaú e do BTG Pactual intermediarão as operações.

GOL: aumento da demanda doméstica
Por fim, a  GOL (GOLL4, R$12,11, -2,11%) anunciou que a demanda doméstica em dezembro apresentou crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a companhia, o aumento da demanda ocorreu principalmente em função do maior volume de tráfego de passageiros no mercado nacional durante o periodo dos feriados de Natal e final de ano. 

Em relação ao mês de novembro, houve aumento de 8,5% na demanda domestica principalmente em função do maior número de dias operados e da sazonalidade.