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SÃO PAULO – Em meio a importantes eventos na pauta econômica doméstica e internacional, as principais bolsas do mundo seguem com leve trajetória negativa na tarde desta quinta-feira (11), com o Ibovespa reportando perdas em torno de 0,1%.
O número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu frente à última medição semanal, mas o declínio mostrou-se menor que o esperado. Enquanto isto, na China, a inflação medida pelo índice de preços ao consumidor na base anual em fevereiro foi a maior dos últimos 16 meses, fazendo com que temores de um aperto monetário no país voltassem à tona.
No front interno, as atenções ficam para os números da atividade econômica brasileira, que no quarto trimestre de 2009 avançou 2% frente aos três meses anteriores e 4,3% frente ao mesmo período de 2008. No resultado anual, o país recuou 0,2% em relação a 2008 – primeira queda anual desde 1992.
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Petrobras: pré-sal e descobertas
Na cena corporativa, a Petrobras (PETR4) volta a ganhar as atenções do mercado. No assunto pré-sal, a Câmara aprovou na noite passada uma emenda para alterar a distribuição dos royalties e participações especiais do petróleo, que deverão ser divididos igualmente entre todos os estados e municípios do País, com base nos respectivos fundos de participação, em um modelo que prejudicaria os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo – maiores produtores de petróleo do Brasil. A expectativa é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete o texto.
Além disso, a petrolífera comentou as notícias acerca da descoberta de hidrocarbonetos na Bacia de Santos, alegando qu “a informação de que foi encontrado indício de hidrocarbonetos, tomada isoladamente, não tem valor significativo para os negócios da companhia, em função da imprecisão sobre os resultados”. Em meio a esses eventos, os papéis preferenciais da Petrobras operam com alta de 0,35%, contrariando a trajetória negativa do índice paulista.
OGX: destaque de alta
Ainda no setor petrolífero, as ações da OGX (OGXP3) aparecem como um dos principais destaques do dia, com forte alta de 5% e um volume financeiro acima de R$ 500 milhões – o maior do Ibovespa. A BP (British Petroleum) anunciou acordo com a Devon para a concessão do direito de explorar 10 blocos de petróleo no Brasil no norte do Rio de Janeiro. Os ativos incluem a exploração de blocos na Bacia de Santos e na Bacia de Campos, próximo ao portfólio da OGX. Além disso, a Petrobras deverá atuar como parceria da companhia britânica.
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Vale lembrar que a companhia pertencente ao megaempresário Eike Batista – atualmente o 8º homem mais rico do mundo, segundo matéria divulgada pela revista Forbes na última quarta-feira – divulgará após o fechamento deste pregão o seu balanço contábil referente ao quarto trimestre e ao exercício de 2009.
Eurobônus da Vale
Outra grande blue chips da bolsa brasileira a virar notícia nesta sessão é a Vale (VALE5) anunciou que pretende emitir Eurobônus denominados em euros no mercado de capitais global, para “propósitos corporativos em geral”. Os bônus serão obrigações sem garantias, a serem listados na Bolsa de Luxemburgo. As ações preferenciais classe A da mineradora recuam 1,1% nesta tarde.
Resultados
Apesar do dia relativamente tranquilo no noticiário corporativo, a temporada de divulgação de resultados segue a pleno vapor. A BR Malls (BRML3) revelou um lucro líquido de R$ 902,52 milhões obtido no quarto trimestre do ano passado, cerca de 71,8% superior aos ganhos listados no mesmo período de 2008. Seus papéis sobem 1,3%.
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Já a Profarma (PFRM3) contabilizou ganhos líquidos de R$ 53,2 milhões no exercício do acumulado de 2009, um avanço de 68% frente a 2008. No trimestre, o crescimento no lucro foi de 135,5%, atingindo um montante de R$ 15,4 milhões. Seus ativos operam com valorização de 1%.
A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), unidade de negócio de incorporação imobiliária do Grupo Camargo Corrêa (CCIM3), também lançou mão de seu desempenho contábil obtido nos três últimos meses de 2009, período em que somou um lucro líquido de R$ 102,2 milhões, revertendo prejuízo de R$ 12,5 milhões amargado no mesmo período de 2008. Os papéis da empresa recuam mais de 3,5% nesta tarde.
Telebrás segue em declínio
Caminhando para o seu quarto pregão consecutivo de fortes perdas, as ações preferenciais da Telebrás (TELB4) desabam mais de 7% nesta tarde, sendo cotadas a R$ 1,40, e já acumulam nesta semana uma desvalorização em torno de 37%.
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Na noite anterior, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara aprovou um requerimento convidando a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, a prestarem explicações sobre a possível reativação da Telebrás para ser a operadora do Plano Nacional de Banda Larga e sobre a valorização excessiva das ações da estatal na bolsa brasileira.
EcoRodovias
Enquanto não estreia na bolsa brasileira, a EcoRodovias Infraestrutura e Logística, empresa que entrou com um pedido de IPO (Initial Public Offering) junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em fevereiro, firmou um compromisso de compra e venda de ativos em 9 de março de 2010 para aquisição de licenças e permissões que permitem operar um CLIA (Centro Logístico e Industrial Aduaneiro) e um terminal alfandegado da espécie “Porto Seco”.