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SÃO PAULO – Nove empresas já agendaram reunião com analistas e investidores em agosto, segundo a Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), instituição que leva o nome do encontro de exposição de resultados e projeções futuras.
A fabricante de aviões Embraer (EMBR3), que divulgou seu resultado do 2º quarto do ano, é a primeira companhia a fazer sua reunião Apimec: na próxima quarta-feira (7), às 8h30 em São Paulo. Na sequência, Marcopolo (POMO4), Randon (RAPT4), EDP Energias do Brasil (ENBR3), Suzano (SUZB5), Transmissão Paulista (TRPL4), Usiminas (USIM3, USIM5), Estácio (ESTC3) e Copel (CPLE6) completam a agenda de reuniões do mês – mais informações sobre datas, locais e horários das Apimecs podem ser encontradas na agenda do site da instituição, clicando aqui).
As reuniões Apimec são encontros promovidos pelas empresas, em parceria com a própria Apimec, com o intuito de aproximar as empresas, analistas, grupos investidores e até pessoas físicas interessadas em ingressarem no setor. Assim como as teleconferências após a divulgação de resutlados trimestrais, esses eventos funcionam como uma espécie de “prestação de contas” das companhias para com aqueles que nelas apostaram. Para participar, basta se cadastrar e pagar uma taxa de R$ 50,00 na recepção do evento, caso não seja associado Apimec – associados têm livre acesso.
Apesar de alguns traços em comum entre reuniões Apimec e teleconferências pós-divulgação de resultados, há diferenças que precisam ser levadas em consideração, aponta o presidente da Apimec, Ricardo Martings. Em entrevista ao InfoMoney, Martins afirma que as teleconferências são limitadas por não serem presenciais e costumam atrair apenas analistas que cobrem a empresa, ao passo que as reuniões podem fazer com que companhias ganhem “novos analistas” pelo contato pessoal entre ela e o profissional de investimento. “É um ambiente em que você tem muito mais tempo para discutir. Além disso, a Apimec não se restringe a resultados recentes, também envolve o controle da empresa, a composição de capital social, dividendos, responsabilidade, entre outros”, explicou Martins, que também é analista.
Martins conta ainda que houve uma mudança no perfil de quem frequenta as reuniões Apimec ao longo dos 40 anos em que elas são realizadas. “A reunião passou a ter um apelo educativo no sentido de o investidor que está chegando ao mercado poder aprender nas reuniões”, apontou o presidente da associação. Segundo ele, este é um ambiente muito propício para trocar ideias com analistas, tirar dúvidas, avaliar indicadores e estabelecer contato com outros investidores, além de poder ter um contato mais próximo com a própria empresa.
Na outra ponta, as companhias de capital aberto têm a possibilidade, por meio desses eventos, de estabelecer contato com seus investidores e analistas. Também é uma oportunidade de a empresa conseguir maior visibilidade, convencendo o analista que não a acompanha a passar a cobrir suas atividades – e talvez até “ganhar” novos acionistas.
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Prestação de contas
A transparência é uma das principais exigências para uma companhia de capital aberto. Além da divulgação de resultados trimestrais e a apresentação de documentos com a posição consolidada dos principais membros das sociedades anônimas, elas precisam realizar ao menos uma espécie de reunião por ano.
A Apimec premia anualmente as companhias que melhor se relacionam com seus públicos. Neste ano, os campões foram o Bradesco (BBDC3, BBDC4) na classe “A” e a Eternit (ETER3) na classe “B” (empresas com receita líquida anual inferior a R$ 3 bilhões).