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SÃO PAULO – O megainvestidor norte-americano Carl Icahn, dono de uma fortuna estimada em US$ 19 bilhões, pode ser um dos assessores econômicos de Donald Trump. Fontes disseram à Fox Business que o bilionário ainda não decidiu se assumirá algum cargo na Casa Branca ou se permanecerá como uma espécie de “conselheiro informal” do republicano, como fez ao longo da campanha.
Segundo a Forbes, Icahn, de 80 anos, já teria recusado uma sondagem para ser secretário do Tesouro, mas sinalizou que considera aceitar algum “cargo oficial”, detalhando que não receberia salário e que passaria mais tempo em seus escritórios, em Nova York, do que em Washington.
Icahn, que tem diversos negócios em comum com o presidente eleito, já havia dito também que o magnata era “o homem certo para chacoalhar as agências reguladoras” dos EUA. Segundo a Fox Business, o megainvestidor considera a administração Obama um entrave para a economia, com os altos impostos e o ambiente regulatório oneroso.
O nova iorquino foi um dos primeiros grandes investidores de Wall Street a declarar apoio a Trump e já disse que o bilionário será muito melhor para a economia norte-americana no longo prazo do que Hillary Clinton teria sido. “Não se pode ter mais do mesmo neste país”, declarou à Reuters.
Tamanha confiança fez Icahn deixar a festa oficial em comemoração à vitória de Trump nas urnas para fazer um investimento bilionário em ações. “Teria investido muito mais, mas só consegui colocar cerca de US$ 1 bilhão”, disse à Bloomberg TV.
Origem Simples, estilo agressivo
Nascido na região do Queens, em Nova York, Icahn é filho de um professor e de uma dona de casa. Ele se formou em filosofia em Princeton e chegou a cursar medicina por dois anos, mas abandonou o curso para entrar nas forças armadas.
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Começou em Wall Street em 1961 e, com o estilo agressivo, consolidou sua carreira ao se tornar controlador de diversas companhias. Atualmente, comanda a Icahn Enterprises, uma holding de porfólio diversificado. Na lista de empresas em que tem grande participação acionária atualmente estão Texaco, Marvel Comics, Netflix, Time Warner, Motorola e Herbalife.
Entre os negócio em comum com o presidente eleito dos EUA, Icahn controlava o casino Trump Taj Mahal, em Atlantic City, antes de o negócio ser fechado em outubro de 2016.