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SÃO PAULO – A constante queda do dólar deve continuar reduzindo os preços das diárias dos resorts brasileiros.
De acordo com o diretor comercial da Associação Brasileira de Resorts (Resorts Brasil), Rubens Régis, a atual oscilação da moeda norte-americana influencia diretamente o turismo no País e, com isso, os hotéis precisam encontrar formas de atrair o público. “E a redução de preço e as promoções são formas bastante eficazes de fazer com que mais gente se hospede em nossos resorts”, explica.
Régis afirma ainda que não acredita em uma mudança no cenário cambial deste ano e, com isso, as promoções devem durar durante todo o ano. “Teremos mais um ano difícil para os resorts brasileiros, porque o dólar deve continuar se desvalorizando. Assim, os hotéis tentam compensar a receita perdida com volume de hóspedes, e para isso reduzem os preços”.
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Crise
O diretor explica que a queda da moeda norte-americana afeta os resorts de diferentes modos. “Primeiro, fica mais barato para o turista brasileiro viajar para o exterior e esse é o sonho de consumo de muitas pessoas, que agora podem realizá-lo. Segundo, para o turista estrangeiro vir ao Brasil fica muito caro. Esses dias eu li um estudo que dizia que enquanto US$ 1 compra uma Coca-cola aqui, o mesmo US$ 1 compra três Coca-colas em Punta Cana, no Caribe. Então, ele, obviamente, escolhe destinos mais baratos”.
Régis cita ainda que a queda do dólar barateia as viagens de navios, que acabam sendo grandes concorrentes dos resorts. “Assim só nos resta adotar medidas para conter o prejuízo. Uma delas são as promoções, a outra é divulgar o Brasil pelo mundo para tentar convencer os estrangeiros a virem para cá. Os turistas internacionais trazem um bom capital para o Brasil”.
Ainda de acordo com o diretor, as medidas surtem resultados. “Elas não são suficientes para anular todas as perdas, mas ajudam a minimizá-las. No verão deste ano, as perdas dos resorts foram de 6% a 8% em comparação com o verão de 2007. Mas tenho certeza de que, se não tivéssemos arregaçado as mangas e partido em busca das soluções, elas seriam superiores a 20%”, afirma Régis.
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O diretor explica ainda que muitos estão optando por investir no turismo de negócios. “Quem tem espaço para promover eventos e receber turismo de negócios está investindo pesado nisso, para sofrer menos as conseqüências da desvalorização da moeda”.