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“Quebrei duas vezes mas aprendi a lição”, diz campeão do torneio de traders

Campeão fez ao todo 57 operações nos três dias de desafio e conseguiu um resultado de R$ 14,3 mil, contra R$ 12,8 mil do segundo lugar

Paula Barra

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SÃO PAULO – Aos 28 anos, o mineiro Thiago Brito, graduado em administração de empresas, é o novo ganhador do torneio mensal de traders da Auctus Capital referente a julho. O trader realizou ao todo 57 operações e conseguiu um resultado de R$ 14.324, pouco mais do que o segundo colocado, que lucrou R$ 12.842 no desafio. Como prêmio, ele será convidado a se tornar sócio da “prop trading” e receberá R$ 300 mil para operar, ficando com 50% do lucro gerado nas operações.

O desafio teve três dias de duração (entre 16 e 18 de julho) e envolveu operações – tanto de compra como de venda – de ações negociadas no Ibovespa através do Meivox, simulador de investimentos utilizado em parceria com o InfoMoney. Todos os trades levaram em conta o último preço da ação disponibilizada na Bovespa no momento da compra em tempo real. O usuário com maior rentabilidade no final do torneio foi o ganhador do prêmio. 

Segundo Brito, a melhor operação que realizou no torneio foi com CSN (CSNA3), que lhe rendeu ganhos de 7,44%. No campeonato, ele conta que realizou nos primeiros dias operações baseadas na análise técnica, em gráficos de 1 minuto e 5 minutos, junto com o Canal de Keltner (que aprendeu nos cursos do Leandro Martins, analista da Walpires). No terceiro dia, realizou scalpear (operações que garimpam oportunidades no curtíssimo prazo) baseado na estratégia que aprendeu com os analistas da Rico no Trade Ao Vivo, baseada nas projeções de Fibonacci

Aprendendo com os erros
A história de Brito na Bolsa, no entanto, começa muito antes do campeonato. Ele contou que começou a se interessar pelo mercado em 2007, mas só começou a operar em 2008. “Sempre foi algo que me fascinou e que gostaria de levar como profissão, sendo que comecei a realizar este sonho esse ano”, disse. 

O início, contudo, não foi nada fácil. A primeira “quebra” foi logo no primeiro ano de Bolsa, na crise de 2008, e, como não tinha muita prática, viu seu patrimônio encolher novamente anos depois com a “bolha do alicate”. “Quebrei duas vezes mas aprendi a lição”.

Segundo ele, chegou a perder R$ 55 mil em dois dias com as ações da Mundial. Entre abril e junho de 2011, as ações da fabricante de alicates subiu mais de 3.000%, mas após esta disparada os papéis da empresa despencaram 86,46% em três dias – entre 20 e 22 de julho – indo de R$ 6,99 para R$ 0,95. 

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“Cheguei a vender posições vencedoras e colocar nessa ação. Em duas semanas, estava com 120% de lucro e meu pensamento era vender justamente no dia em que a mesma afundou. Entretanto, como entrou em leilão logo na abertura do pregão, fiquei sem poder fazer nada, pois a ação caiu no dia 60%. Perdi R$ 55 mil em dois dias”, conta.

Foi somente no ano passado que Brito começou a operar diariamente, depois de fazer praticamente um ano e meio de cursos de análise técnica direcionados a operações day trade. Segundo ele, pelo menos as duas quedas que teve serviram de aprendizado, que logo viu nos cursos que fez. “Analisar o gráfico das ações antes de sair investindo só porque está subindo, não operar micos, trabalhar bastante o psicológico, não deixar de fazer o gerenciamento de risco em todas as operações e, principalmente, não ser ganancioso (pois se tivesse realizado os 120% da MNDL, não teria quebrado)”, disse.  

Depois do aprendizado, Brito comenta que quer se dedicar a ser trader. Para isto, ele vendeu recentemente a empresa de logística e transporte que fundou em Minas Gerais, Ecoltrans, em 2010, para seu pai para se focar no mercado de ações. Atualmente, ele compartilha a função de trader com a de diretor administrativo das empresas de seu pai.

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Novo torneio nesta semana
A Auctus promoverá um novo torneio na terceira semana de agosto. A premiação é a mesma do torneio passado: convite para fazer parte da Auctus e limite de R$ 300 mil para operar, ficando com 50% do lucro.

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Auctus: o “darwinismo” do mercado
A Auctus é uma “prop trading”, empresa que busca montar uma equipe de operadores para investir o próprio capital, e faz isso da maneira mais simples possível: colocando os candidatos a trader para operarem na prática. A empresa disponibiliza uma quantia mínima de capital para esses operadores negociarem diariamente e quem performar bem consegue um limite maior para operar.

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O processo de seleção tem um lado “darwinista”, já que os mais fortes – ou os traders com as operações mais lucrativas – entram para o time de gestores dos recursos enquanto os mais fracos – ou os que derem maior prejuízo – são naturalmente “eliminados” – utilizando uma expressão bem comum ao mais famoso dos “reality shows” da TV brasileira. Essa forma de escolha torna o processo bastante empolgante, uma vez que abre chance para que uma pessoa sem experiência nenhuma de mercado ganhe uma vaga que poderia ser ocupada por um trader com anos de vivência na BM&FBovespa e com um currículo muito mais completo.