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SÃO PAULO – Após as alterações na carteira de small caps da bolsa para o último quadrimestre do ano, as ações de quatro empresas passaram a liderar as recomendações com base no índice entre as carteiras compiladas pelo Portal Infomoney. As units da Kroton (KROT11), os papéis da Randon (RAPT4) e da Valid (VLID3) e as ações PNA da Suzano (SUZB5) passaram a liderar o número de recomendações, com cinco votos cada uma. Já a segunda posição é dividida entre três companhias. São elas a Anhanguera Educação (AEDU3), a EzTec (EZTC3) e a Marcopolo (POMO4), com quatro citações cada uma.
Mesmo que as empresas que ocupam a primeira posição do ranking possuam perfis tão diferentes em relação aos setores que atendem, é possível ressaltar algumas semelhanças entre elas. A Kroton, Randon e a Valid são beneficiadas com o aquecimento do mercado interno e com as medidas de estímulo anunciadas pelo governo, sendo as preferidas dos analistas em meio ao cenário externo ainda turbulento. Já a Suzano se destaca com as expectativas de aumento da liquidez e redução do financiamento.
Setor interno é preferido
Para a Kroton, de acordo com o BTG Pactual, a finalização do FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), deve gerar um ciclo de admissão mais forte nas instituições de ensino da companhia, impulsionando o resultado do segundo semestre. Os analistas do banco ressaltam ainda o forte momentum positivo que os papéis KROT11 estão vivendo, destacando o aumento nas expectativas do Ebitda (lucro antes dos juros, tributos, depreciações e amortizações). O Banco Indusval&Partners ressalta ainda o bom momento vivido pelo setor, além dos resultados consistentes apresentados pela companhia no segundo trimestre.
A Randon, por sua vez, passou a liderar novamente o ranking de small caps após quase um ano sem ocupar o posto e depois de sofrer sucessivas quedas no número de citações com o passar dos meses. Os estímulos fornecidos pelo governo aos investimentos em bens de capital e o novo pacote de concessões de rodovias e ferrovias deverão impulsionar as vendas, aponta a Um Investimentos. Além disso, aponta a equipe análise da corretora, estão os múltiplos bem atrativos dos papéis.
Dentre as opções com perfil mais defensivo, está a Valid – obtendo o mesmo número de recomendações do mês anterior. A Geral Investimentos ressalta a boa previsibilidade de resultados e um crescimento orgânico consistente. Além disso, observa a equipe de análise da corretora, a empresa apresenta um ótimo histórico de aquisições e desenvolvimento de novos negócios, tornando o investimento bastante atrativo.
Por fim, completando a lista das ações mais recomendadas entre as small caps, estão os papéis da Suzano,com forte alta no número de citações de seus ativos PNA – de uma para cinco. Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pela entrada no Ibovespa e pela emissão de R$ 1,479 bilhão em sua oferta pública primária de ações. A Gradual Investimentos reitera ainda que essa emissão, apesar de não ter resolvido totalmente o elevado endividamento da empresa, por outro lado pode ser vista como parte do seu processo de recapitalização. Os analistas da Gradual avaliam ainda que o retorno à carteira teórica do índice deve elevar a liquidez do papel, com pressão compradora por parte dos fundos indexados ao índice.
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Os preços das ações da Anhanguera são vistos como bem defasados pela SLW Corretora, que acredita numa correção dos papéis. Além disso, o ano deve ser de reestruturação após as sinergias. Já a EzTec, segundo a Geral Investimentos, possui margens elevadas e uma estrutura de capital conservador, somada a um banco de terrenos consistente com sua estratégia de crescimento. Por fim, as medidas do governo e a proximidade dos eventos esportivos devem estimular o crescimento da Marcopolo, aponta a SLW.
Outras recomendações
Na terceira posição do ranking, com três votos cada, estão os papéis da Lojas Marisa (AMAR3), da Even (EVEN3), Mills (MILS3), Iochpe-Maxion (MYPK3), OdontoPrev (ODPV3), OHL Brasil (OHLB3) e Localiza (RENT3). Ainda foram citados duas vezes os ativos da Aliansce (ALSC3), Minerva (BEEF3), Localiza (RENT3), Energias do Brasil (ENBR3), Metal Leve (LEVE3), Le Lis Blanc (LLIS3), Magazine Luiza (MGLU3) e MRV Engenharia (MRVE3).
Foram citados uma vez os papéis do ABC Brasil (ABCB4), Brasil Brokers (BBRK3), Brookfield (BISA3), Banco Panamericano (BPNM4), ações PNB do Banrisul (BRSR6), Comgas (CGAS5), Coelce (COCE5), Estácio (ESTC3), Fleury (FLRY3), Grendene (GRND3), Iguatemi (IGTA3), JHSF (JHSF3), Light (LIGT3), Magnesita (MAGG3), OSX Brasil (OSXB3), PDG Realty (PDGR3), Paranapanema (PMAM3), Qualicorp (QUAL3), Rossi Residencial (RSID3), SLC Agrícola (SLCE3), Santos Brasil (STBP11), SulAmérica (SULA11), Totvs (TOTS3) e Vanguarda Agro (VAGR3).
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Metodologia InfoMoney
Ao todo, 30 carteiras de bancos e corretoras foram utilizadas para este levantamento. Os portfólios selecionados foram: Ativa, BB Investimentos, BI&P, Bradesco, BTG Pactual, Citi Corretora, Coin, Credit Suisse, Banco Fator Corretora, Geração Futuro, Geral, Gradual, HSBC, Inva Capital, Itaú Top 5, Omar Camargo (2 carteiras), PAX, Planner, Rico, SLW (3 carteiras), Socopa, Souza Barros, TOV, Um, XP (2 carteiras) e WinTrade.
Entre todas as carteiras publicadas pela InfoMoney em setembro, nesta compilação apenas não foram considerados os portfólios com sugestões de ações que tenham perspectiva de pagamento de proventos.
Cabe mencionar que, segundo a BM&F Bovespa, “as empresas que, em conjunto, representarem 85% do valor de mercado total da bolsa são elegíveis para participarem do índice MLCX (Mid Large Caps). As empresas que não estiverem incluídas nesse universo são elegíveis para participarem do índice SMLL. Não estão incluídas empresas emissoras de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) e empresas em recuperação judicial ou falência”.