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Quando tenho perda, fico com impulso de recuperar, mas isso é destrutivo, diz trader

Traders comentam os cuidados com a operação e dizem que perder faz parte do jogo

Augusto Diniz

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Larissa Piaggi conta que numa viagem a Nova York, aos 18 anos, ao conhecer o distrito financeiro da cidade – Wall Street – saiu dali dizendo que era daquilo que gostaria de se dedicar. Mais adiante, acabou se formando em administração e depois fez pós-graduação em economia.

Após operar com swing trade, passou a atuar no day trade pouco antes de pandemia. “Minha paixão sempre foi o mercado”, afirma.

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Já Juliana Requena entrou no mercado financeiro de uma forma curiosa. Advogada, ela conta que um cliente ligava três vezes por dia para perguntar de um processo dele. Isso foi durante uns dois meses.

Após receber os honorários dele, Juliana se viu no desejo de querer multiplicar o dinheiro ganho do cliente insistente nas ligações telefônicas. “Entrei na conta do banco, vi o home broker e comprei tudo de Petro (Petrobras). E foi assim que entrei no mercado financeiro”, lembra.

As duas traders participaram do programa 213 no canal Gaincast e falaram sobre suas experiências no day trade.

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Muita regra e disciplina

“Minha renda é do mercado. Vivo dos investimentos que o mercado me deu. Viver de day trade é muito complexo. Você precisa ter muita estabilidade emocional para viver só de day trade”, conta ela, que costuma pegar o dinheiro ganho nas suas operações para fazer outros investimentos, como aplicar em renda fixa.

”A minha vida ficou mais regrada. Precisei de muita regra e disciplina para me dar bem nesse mercado”, afirma. ”Gosto de operações mais rápidas, como no dia de cenário para scalping (operações rápidas)”, acrescenta, dizendo também que olha muito no gráfico os níveis de suporte e resistência.

Respeitar o gain

“Tem gente que acha que o mercado é só gain (ganho), ganhar todos os dias, e não é. Comecei a ter uma humildade muito grande com os meus gains. Hoje tive gains, amanhã não sei como vai ser. Através do gain comecei a respeitar o loss (perda)”, ressalta.

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“Não vou dizer que meus dias de loss são os mais felizes. Mas você acaba aprendendo a lidar com isso”, diz. “Percebo que quando estou no loss, tenho impulso de querer recuperar aquilo e que isso é muito destrutivo”, ressalta.

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Juliana Requena tem dois filhos e, assim como Larissa Piagi, gosta de operar índice. “Sou advogada, tenho escritório. Então, a minha vida era administrar problema, tensão. Ainda atuo como advogada, gosto muito do que eu faço, mas meu coração é dividido: meio período day trade, meio período advocacia”, ressalta.

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Ela gosta muito de fazer análise macro nas operações. “Vou ver notícia, os grupos de WhatsApp que a gente discute os assuntos e olho como está o macro, como está o petróleo, como está o dólar, para entender se tem alguma confluência no mercado. Gosto de fazer essa análise”, diz.

Com isso, segundo a trader, dá para ver qual lado vai dar para ‘surfar’ antes de começar a operar.

Loss faz parte

Sobre ganhos e perdas, afirma fazer parte do jogo. “Se acha que loss é algo ruim e o gain é algo bom, não se entendeu processo. O que tem que fazer é fechar o mês ganhando. O loss faz parte. Esse é a maior dificuldade: aceitar a perda”, comenta.

Antigamente, ela diz que tinha dificuldade de aceitar o loss, mas hoje isso está equacionado. Juliana afirma que avaliou os dias que tinha fúria (perder dinheiro na operação e imediatamente tentar recuperar).

“Reparei que isso acontecia em dias que eu estava emocionalmente ligada a outra situação que precisava resolver. Acabava descontando no trade algum problema. Então, quando estou com alguma questão delicada, eu não opero”, ensina.

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