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Quando comecei 7% do meu portfólio era em criptomoedas; hoje é 100%, diz trader

Marcelo Pravatta sugere aos iniciantes, no entanto, que no começo tenham como estratégia investir em ativos de menor risco

Augusto Diniz

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Engenheiro eletrônico formado pela USP, Marcelo Pravatta chegou a ser executivo de multinacional. Mas tudo começou a mudar quando passou a se aprofundar e investir em criptomoedas, em 2017.

“Era só um entusiasta, não era um trader. Mas comecei a estudar todo dia”, lembra ele, que participou do programa Se tem Bit, tem vol, no canal GainCast.

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Largou a profissão para ser trader

“Em 2020, comecei a operar opções. Foi daí que virei um trader”, diz. Quando viu que conseguia ganhar um bom dinheiro com Bitcoin e Etherium, largou sua profissão e foi viver exclusivamente de operação no mercado financeiro, em 2022.

“Aí, passei a me dedicar somente a criptomoedas, estudando tudo de Bitcoin, desde história, eletrônica, filosofia até futurologia para tentar prever os movimentos de mercado”, conta.

“É muito legal na B3 ter agora contrato futuro (de Bitcoin)”, afirma. Marcelo Pravatta opera opções de Bitcoin e diz que a receita nessa modalidade é ficar de olho no preço, no tempo e na volatilidade.

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Preço, tempo e volatilidade

“Tem que dominar o tempo (de compra e venda). Se não sou bom para fazer gestão de tempo, não opere opções porque precisa dominar ele. É tempo e volatilidade (do ativo). Essa é a grande dificuldade do pessoal, que é trabalhar com as três variáveis – preço (melhor momento de negociação), tempo e volatilidade”, ressalta.

Ele diz que ficou mais otimista com a criptomoeda quando veio a pandemia, quando os ativos globais acabaram subindo. O trader costuma estudar os ciclos de mercado para ajudar na tomada de decisão.

“Comecei a estudar vários períodos históricos e porque surgem esses períodos de alta. Não foi só o Bitcoin, mas a Nasdaq e até a Bolsa brasileira teve alta nesse início do ano”, exemplifica.

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Liquidez global

Ele afirma que gosta de seguir a liquidez global dos bancos centrais. “A liquidez global aumentou ano passado e agora está meio de lado, mesmo com os juros altos. Mas tenho olhado mais para a liquidez. Tenho evitado falar que o mercado precisa de juros baixos porque o Bitcoin avançou com os juros também subindo”, ressalta.

“Se o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) baixar os juros, vai ficar mais fácil, obviamente, mas tenho olhado mais a liquidez global do que os juros”, diz.

Ele diz que também olha o mercado de stablecoin, que é uma moeda digital cujo valor acompanha um ativo de mercado tradicional. Segundo o trader, a volatilidade do stablecoin segue muito a do Bitcoin.

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“Quando comecei meu portfólio era 7% de criptomoedas, hoje é 100%”, diz.

“Para iniciante ou quem não tem tempo, sugiro a estratégia de investir um percentual grande do portfólio em coisas muito sólidas, normalmente títulos do Tesouro, e uma parte menor colocar em ativos de risco, como ações e criptomoedas”, aponta.