Qualicorp (QUAL3) vê lucro líquido recuar 35,3% no 1T22, para R$ 74 milhões

A receita líquida foi a R$ 502,2 milhões, queda de 4,0% em relação ao mesmo período do ano anterior

Equipe InfoMoney

Qualicorp Store Reprodução
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A Qualicorp (QUAL3) divulgou balanço do 1T22 com lucro líquido de R$ 74,1 milhões, número 35,3% menor do que os R$ 114,5 milhões computados no 1T21.

A empresa justifica o recuo “devido à queda no EBITDA, maiores amortizações e despesas financeiras”.

O Ebitda ajustado foi a R$ 252,8 milhões no trimestre analisado, o que representa uma queda de 9,2% em relação aos R$ 278,3 milhões do mesmo período de um ano atrás. A margem Ebitda recuou 2,9 pontos percentuais, para 50,3%.

A Qualicorp diz que o resultado em decorrência, majoritariamente, da queda de receita e aumento de provisões. As provisões para perdas aumentaram 18,2% trimestralmente e 35,5% na base anual, como reflexo da maior inadimplência.

A receita líquida foi a R$ 502,2 milhões, queda de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando chegou a R$ 523 milhões.

A dívida líquida mais do que dobrou no período, passando de R$ 603,5 milhões no 1T21 para R$ 1,407 bilhão no 1T22. Assim, a relação com o Ebitda ajustado subiu de 0,56x para 1,37x.

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Em número de adesões, a Qualicorp viu crescer sua participação em 4,5%, para 1,681 milhões de vidas, contra 1,609 milhões de um ano atrás, destacando também o incremento de 15% de adições brutas (orgânicas) e à queda de 12,7% no número de cancelamentos, que no 1T22 ficou em 131,2 mil.

No portfólio total, o aumento foi mais tímido, de 0,4%, para 2,584 milhões, mesmo perdendo 6,6% na área empresarial e PME.

“Tivemos uma redução nos cancelamentos de 12,7% em relação ao ano anterior e 16,9% sobre o 4T21, trazendo o churn para o menor nível dos últimos 5 trimestres”, diz a empresa. “As adições brutas foram de 115,2 mil vidas, respeitando a sazonalidade típica do trimestre e refletindo os desafios da ômicron, mas com crescimento de 15% sobre o 1T21”.

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Após um biênio considerado atípico para reajustes de preços, com suspensão de reajuste pela ANS em 2020 e acúmulo de dois reajustes anuais mais recomposição em 2021, a expectativa da Qualicorp é de uma normalização gradual dos cancelamentos a níveis mais próximos dos patamares históricos.

“Por outro lado, é importante destacar que negociações com operadoras de planos de saúde até o momento estão apontando para níveis de reajuste de preços mais altos que os inicialmente esperados para este ano, o que consequentemente pode impactar nosso churn”, ressalva a empresa.

“Em termos de resultados financeiros, destacamos o esforço interno de controle de custos, com redução de 10% trimestralmente no total de custos e despesas gerais e administrativas, mesmo com toda a pressão inflacionária do período”, afirma.

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“Apesar da queda de 3,7% trimestralmente na receita líquida e do aumento de provisionamento, devido à maior inadimplência, a margem Ebitda ajustada expandiu 30 pontos base no 1T22, chegando a 50,3%” (em relação ao 4T21).

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