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Centenas de pagers explodiram ao mesmo tempo em todo o Líbano nesta terça-feira (17), em um ataque que aparentemente teve como alvo membros do Hezbollah.
Najib Mikati, primeiro-ministro do Líbano, disse que o ataque foi uma “agressão criminosa israelense” e “uma grave violação da soberania libanesa”. O Hezbollah também acusou Israel de orquestrar o ataque e prometeu retaliar a “agressão flagrante”. O exército israelense não comentou o incidente.
Veja o que se sabe até agora sobre as explosões de pagers no Líbano:
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Quantas vítimas?
O Ministério da Saúde do Líbano informou que pelo menos 11 pessoas foram mortas, e mais de 4.000 ficaram feridas, com cerca de 400 em estado crítico. A maioria das vítimas sofreu ferimentos no rosto, além de lesões nas mãos e abdômen. O embaixador do Irã no Líbano também sofreu ferimentos na mão e no rosto quando um pager que ele estava carregando explodiu. Na Síria, pelo menos 14 pessoas ficaram feridas pelas explosões.
Qual era o alvo?
A operação aparentemente teve como alvo centenas de pagers pertencentes a integrantes do Hezbollah, que usam esses dispositivos há anos para dificultar a interceptação de suas mensagens. Segundo o jornal The New York Times, seis dos mortos eram combatentes do grupo.
Por que pagers?
O uso de pagers se tornou comum entre membros do Hezbollah após os ataques de 7 de outubro em Israel, quando o chefe do grupo armado alertou que a inteligência israelense havia invadido a rede de celulares libanesa, afirmam especialistas.
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Qual foi o método?
Uma ideia predominante é de que os pagers foram projetados para que suas baterias aquecessem até que os dispositivos explodissem. Outra teoria é de que alguém subornou a fábrica para inserir explosivos. Também especula-se que um sinal eletrônico tenha desencadeado as explosões.
Quem é o responsável?
O Hezbollah afirma que Israel é “totalmente responsável por essa agressão criminosa que também atingiu civis”. O governo libanês também promete retaliar a “agressão israelense”. Israel ainda não comentou as explosões. Segundo especialistas independentes, parece “altamente provável” que Israel esteja por trás do ataque.
Qual a disputa?
As explosões podem ser o mais novo golpe no conflito entre Israel e Hezbollah, que começou em outubro passado, depois que o grupo começou a disparar contra o território israelense em solidariedade ao seu aliado, o Hamas, que também é apoiado pelo Irã. O conflito tem se mantido em trocas de mísseis e foguetes, mas há meses, líderes de ambos os lados alertam que ele pode se expandir para uma guerra envolvendo forças terrestres.
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