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Os dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) da Vale (VALE3) de R$ 2,33 por ação, que totalizam mais de R$ 10 bilhões e foram anunciados na quinta-feira (26), têm uma beneficiária direta entre os acionistas da mineradora.
É a Cosan (CSAN3), que desde o ano passado detém uma participação de 4,9% na Vale (com 1,65% em participação direta e 3,21% em participação collarizada, ou uma operação que consiste em compra de opção de venda e venda de opção de compra).
Assim a companhia também conta com a sua parte desses dividendos. Em análise, o Itaú BBA aponta que a Cosan deve receber cerca de R$ 485 milhões por conta dos dividendos extraordinários anunciados pela Vale.
O BBA lembra, contudo, que cerca de 70-80% dos dividendos de collar participation são repassados aos bancos para manter os preços fixos da operação.
Com isso, cerca de 50%-55% dos dividendos recebidos vão direto para Cosan, afirma.
Na visão dos analistas, os dividendos recebidos pela Cosan gerarão oportunidades para alocação de capital e gestão de passivos.
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Além disso, apontam, a visão de a Vale pagar dividendos mais robustos em 2024 pode oferecer vantagens significativas para a tese de investimento da Cosan.
O Itaú BBA reforça sua visão positiva e tem recomendação de compra para as ações da CSAN3, com preço-alvo de R$ 23 para essas ações, ou um potencial de valorização de 44% frente o fechamento da véspera.
A Cosan divulga seus resultados no dia 13 de novembro de 2023, após o fechamento do mercado.