Putin aumenta pena para soldado que se render ou desertar e troca general

Nova lei prevê de 5 a 10 anos para quem não comparecer ao serviço militar e 15 anos em caso de deserção durante a mobilização ou lei marcial

ANSA Brasil

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fala durante conferência de imprensa conjunta com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, em 9 de setembro de 2021  no Kremlin, em Moscou (Foto por Mikhail Svetlov/Getty Images)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fala durante conferência de imprensa conjunta com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, em 9 de setembro de 2021 no Kremlin, em Moscou (Foto por Mikhail Svetlov/Getty Images)

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou neste sábado (24) um pacote de emendas ao código penal do serviço militar, entre elas a punição com 5 a 10 anos de prisão para soldados que desertarem ou voluntariamente se renderem ao inimigo.

A nova lei também prevê a mesma pena para quem não comparecer ao serviço militar e 15 anos de prisão em caso de deserção durante mobilização ou lei marcial. A mudança já havia sido aprovada pelo Parlamento e ocorre poucos dias após a Rússia anunciar uma mobilização parcial de reservistas para combater na Ucrânia.

Mais cedo, o governo russo também anunciou a substituição do comandante militar mais importante para questões logísticas, o general do Exército Dmitry Bulgakov. Ele foi dispensado de suas funções como vice-ministro da Defesa e substituído pelo general Mikhail Mizintsev.

A medida foi divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência estatal Interfax.

Segundo a imprensa ucraniana, Mizintsev foi apelidado de “o açougueiro de Mariupol” pelos ataques devastadores à cidade ucraniana e pelo comportamento brutal contra a população civil durante a ofensiva. O general inclusive já foi alvo de sanções ocidentais.