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A próxima atualização do Ethereum (ETH), chamada de Shangai, prevista para meados de março, aumentará o ritmo de staking na blockchain no médio prazo, disse o JPMorgan em um relatório publicado na quarta-feira (8).
O staking é um mecanismo nativo de renda passiva de blockchains como a do Ethereum, no qual investidores travam criptoativos na rede em troca do direito de ajudar a validar dados e obter uma remuneração.
Segundo o JPMorgan, ainda há muito espaço para o Ethereum aumentar a proporção atual de 14% do ETH existente travado em staking, já que a média de outras redes semelhantes é cerca de quatro vezes maior.
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“Supondo que a taxa de staking converja ao longo do tempo para a média de 60% de outras grandes redes, o número de validadores poderia aumentar de 0,5 milhão para 2,2 milhões e o rendimento [anual em ETH] cairia de 7,4% atuais para cerca de 5%”, apontam os analistas do banco.
Uma grande parte do crescimento do staking provavelmente passará para protocolos de staking líquido, como a Lido, disse o banco. Esses protocolos “dão liquidez para ativos em staking, que do contrário ficariam bloqueados nos contratos de staking, fornecendo uma quantidade igual de token derivativo em troca de ETH, e que pode ser negociado”.
O JPMorgan observa que os tokens derivativos dos protocolos de staking líquido normalmente são negociados a preços abaixo de seu ativo subjacente, mas, à medida que a atualização Shangai se aproxima, eles estão convergindo para a paridade com o ETH.
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De acordo com a nota, seria possível argumentar que a utilidade desses protocolos de staking líquido seria reduzida à medida que a atualização se aproxima, mas essas plataformas não se limitam apenas ao fornecimento de liquidez.
Isso porque, ressalta o JPMorgan, elas também atuam como intermediárias para investidores de varejo que não estariam dispostos a desembolsar o mínimo de 32 ETH (US$ 52.000) para participar do staking – em protocolos como o Lido, é possível fracionar o valor investindo com outras pessoas.
Como resultado, os protocolos de staking líquido se tornaram os principais players de finanças descentralizadas (DeFi), ao mesmo tempo gerando preocupações sobre uma possível concentração do controle da rede por essas entidades, acrescentou a nota.