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SÃO PAULO – O noticiário corporativo começa agitado nesta segunda-feira (16), em meio à temporada de balanços, proposta da BM&FBovespa para Cetip, rumores sobre venda da BR Distribuidora e uma série de outras notícias. Confira abaixo:
Petrobras
Segundo coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo, a BR Distribuidora tem hoje doze investidores estratégicos interessados em comprar 25% da empresa, negócio que faz parte do plano de desinvestimento da Petrobras (PETR3; PETR4). A operação é avaliada em torno de R$ 10 bilhões.
Além disso, a estatal comunicou na sexta-feira passada a renúncia do suplente Dan Conrado ao conselho da Petrobras por “razões pessoais”. Conrado era suplente do conselheiro Luiz Augusto Fraga Navarro de Britto Filho na petroleira e ocupava posição como titular no Conselho de Administração da Petrobras Distribuidora, do qual também pediu desligamento.
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BM&FBovespa e Cetip
A BM&FBovespa (BVMF3) apresentou na sexta-feira proposta não vinculante para união com a Cetip (CTIP3), em uma operação em dinheiro e ações que avalia a maior central depositária de títulos da América Latina como valendo cerca de R$ 10 bilhões.
A oferta da BM&F atribui às ações da Cetip valor de R$ 39,00 por papel, um ágio de 15,5% sobre o fechamento de 30 de outubro, quando a bolsa paulista revelou que estava mantendo conversas preliminares com a Cetip.
Na comparação com o fechamento das ações da Cetip nesta sexta-feira, o valor oferecido representa um prêmio de 2,1%.
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Para o Bradesco BBI, a oferta tem um “prêmio pequeno” e acionistas da Cetip podem exigir um prêmio adicional. “O processo pode levar um longo tempo, com upside limitado para os acionistas da Cetip”, comentou o banco. A recomendação para as ações da Cetip foi cortada para market perform (desempenho em linha com a média).
O Credit Suisse destacou que as condições atuais são atrativas para os acionistas da BM&FBovespa, mas não o suficiente para os minoritários da Cetip. O banco acredita que os minoritários da Cetip deveriam pedir mais para aceitarem o acordo.
Vale
O Bradesco BBI cortou o preço-alvo das ações da Vale (VALE3; VALE5) de R$ 24,00 para R$ 19,00.
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Cesp
A estatal paulista Cesp (CESP6) teve prejuízo líquido de R$ 66,9 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 373,6 milhões no mesmo período do ano passado, afetada pelo final da concessão de suas maiores hidrelétricas e pela redução da produção das demais, afetadas pela seca.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da geradora paulista somou R$ 186,67 milhões, com retração de 73,1% na comparação anual.
A geradora, que controlava cinco hidrelétricas no Estado de São Paulo, viu as concessões das duas maiores delas– Jupiá e Ilha Solteira, que somam 4,9 gigawatts– vencerem no início de julho, quando as usinas passaram a ser remuneradas por uma receita que cobre apenas custos de operação e manutenção.
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Além disso, as três demais usinas, que somam 1,6 gigawatt, geraram 13,3% menos energia que no terceiro trimestre de 2014.
Cemig
A holding mineira de energia Cemig (CMIG4) reportou um lucro líquido de R$ 167 milhões no terceiro trimestre, com alta de 474,6% na comparação anual, puxada pelo aumento das receitas, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira.
A companhia estatal teve Ebitda de R$ 647,2 milhões, o que representa avanço de 27% ante o mesmo trimestre do ano passado.
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A receita líquida da Cemig no terceiro trimestre somou R$ 4,78 bilhões, com alta de 26% na comparação anual, enquanto os custos operacionais foram de R$ 2,53 bilhões, com alta de 42% ante o terceiro trimestre de 2014.
Para o Credit Suisse, os números devem desapontar os investidores e que, mesmo com a queda das ações de 43% em 2015, ainda não vê como confortável o investimento na ação.
Arteris
A Arteris (ARTR3) encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 44 milhões no terceiro trimestre, com receita líquida atingindo R$ 1 bilhão.
A companhia teve sua recomendação rebaixada pelo Bradesco BBI para market perform (desempenho em linha com a média).
Guararapes
A Guararapes (GUAR4), dona da Riachuelo, registrou lucro líquido de R$ 32 milhões no terceiro trimestre, queda de 65,5% na comparação com o mesmo período de 2014. Segundo a companhia, o desempenho foi afetado, entre outros fatores, pela necessidade de redução de preços diante da retração da demanda.
Somos Educação
A Somos Educação (SEDU3) encerrou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 30,3 milhões e receita líquida de R$ 4,78 bilhões.
Segundo o BTG Pactual, o resultado foi fraco, com destaque negativo para segmento de escolas e idiomas, que não apresentaram bons resultados.
Para o banco, o resultado não deve fazer preço, uma vez que o mercado está aguardando a OPA (Oferta Pública de Aquisições) da Tarpon, que está demorando mais do que o normal para sair. A demora pode ocorrer devido ao fato da CVM estar negociando um novo preço para a oferta, um pouco acima do inicialmente proposto (R$12,33 por ação), baseado na média das três grandes aquisições de participação que a Tarpon fez ao longo dos últimos 2 anos.
Kepler Weber
A Kepler Weber (KEPL3) teve lucro líquido de R$ 6,7 milhões no terceiro trimestre, queda de 80,3% na comparação anual.
Contax
A Contax (CTAX11) encerrou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 64,8 milhões no terceiro trimestre.
Lopes
A Lopes (LPSB3) encerrou o trimestre com lucro líquido atribuído aos sócios de R$ 3,3 milhões no terceiro trimestre.
Para o BTG, o resultado veio fraco, com vendas caindo 32% na comparação anual. O banco reiterou recomendação neutra para a ação, sem perspectivas de recuperação de vendas dado o cenário macroeconômico.
Mills
A Mills (MILS3) teve seu rating rebaixado pela Moody’s de Ba3 para B1.
CSN
A CSN (CSNA3) tentou transmitir uma mensagem otimista na sexta-feira, estimando aumento de lucro e margens nos últimos três meses do ano, mas as ações de empresa encerraram com a maior queda em mais de um mês.
O presidente do grupo que tem negócios em mineração, siderurgia, logística e cimento, Benjamin Steinbruch, chegou a afirmar que a empresa pode voltar a pagar dividendos aos acionistas no próximo ano dependendo da evolução de fatores como venda de ativos, mas os investidores não se convenceram e as ações da CSN fecharam com tombo de 9,59%.
Em teleconferência a analistas e investidores, Steinbruch afirmou que a empresa vai adotar “orçamento base zero”, que prevê despesas iguais ou inferiores ao ano anterior, a partir do início do próximo ano. O executivo disse ainda que a empresa vai rediscutir contratos com todos os fornecedores.
“Tenho certeza que teremos Ebitda maior que R$ 1 bilhão, já fizemos todos os ajustes”, disse Benjamin sobre o desempenho esperado para o quarto trimestre deste ano. No terceiro trimestre, a empresa apurou Ebitda de R$ 853 milhões, uma queda de 13% sobre o mesmo período do ano passado.
Educação
Segundo matéria da Folha de S. Paulo, o governo federal está atrasando pagamento de livros didáticos de ensino médio e fundamental a editoras. Segundo as editoras, há o risco de a auto-intitulada Pátria Educadora, slogan escolhido pelo governo Dilma Rousseff para o segundo mandato da petista, não conseguir entregar parte dos livros no ano que vem. O governo descarta a hipótese, mas não comenta os atrasos. Na Bolsa, Saraiva (SLED4) e Somos Educação (SEDU3) podem ser impactadas.
OGPar
A produção da OGPar (OGXP3), ex-OGX, em recuperação judicial, caiu 9,1% em outubro, na comparação com setembro: de uma média de 9,22 mil barris por dia para 8,38 mil barris diários. Ao todo, a companhia produziu 259,8 mil barris no mês passado no campo de Tubarão Martelo, único ativo da empresa em fase de produção, já que o campo de Tubarão Azul foi desativado no início de setembro.
(Com Reuters)
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