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SÃO PAULO (Reuters) – A produção de petróleo do Brasil em setembro totalizou 3,470 milhões de barris por dia (bpd), um aumento de 3,9% na comparação com agosto e uma redução de 5,5% em relação ao mesmo mês de 2023, informou nesta sexta-feira a ANP, agência reguladora do setor.
A queda na comparação anual aconteceu apesar de um recorde na extração de petróleo e gás do pré-sal, sinalizando que outras áreas, como o pós-sal, tiveram declínio acentuado no mês, conforme dados da ANP.
Segundo boletim da ANP, o pré-sal teve volume de 3,681 milhões de barris de óleo equivalente (boe/dia), aumento de 6,3% com relação ao mês anterior e de 2,4% se comparado a setembro de 2023. Desse total, foram 2,864 milhões de bpd de petróleo e 129,90 milhões de m³/dia de gás natural.
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A ANP destacou que também foi recorde a participação do pré-sal na produção nacional, chegando a 81,2% do total, à medida que novos projetos liderados pela Petrobras (PETR4) ganham tração.
Já a produção total do país de petróleo e gás, somando todos os ambientes, foi de 4,539 milhões de boe/dia, queda de 2,72% na comparação anual.
A ANP disse ainda que a produção de gás natural do Brasil em setembro foi de 169,92 milhões de m³/dia, “também se configurando como recorde”, com aumento de 6,4% ante agosto e de 7,6% em relação a setembro de 2023.
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Já a produção do pós-sal do país, em geral áreas mais antigas e com alguns campos em processo de declínio natural, somou 598 mil boed, queda de cerca de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado. A ANP não detalhou a razão do recuo nessa área.
No início da semana, a Petrobras informou que a produção de petróleo da empresa caiu 8,2% entre julho e setembro ante igual período do ano passado, para 2,13 milhões de barris por dia, em meio a paradas para manutenção e declínio em campos maduros.
Enquanto campos antigos estão em declínio, a Petrobras tem reforçado sua atuação no pré-sal, e novas plataformas estão entrando em operação.
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A Petrobras, dominante na extração do país, informou esta semana que o navio-plataforma Marechal Duque de Caxias iniciou a produção no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, em passo que eleva a capacidade instalada do ativo de 410 mil para 590 mil barris diários de petróleo (bpd).
O navio-plataforma Marechal Duque de Caxias foi o segundo a entrar em operação a serviço da Petrobras neste ano, contribuindo para as expectativas da companhia de um aumento da produção no próximo ano.
No mês passado, a companhia também iniciou a produção do navio do tipo FPSO Maria Quitéria no campo de Jubarte, na parcela capixaba do pré-sal da Bacia de Campos, com capacidade para 100 mil bpd.