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A produção de café pelo Brasil na temporada 2025/26 deve cair 0,4%, para 65,6 milhões de sacas, de acordo com a primeira estimativa da StoneX para o próximo ano-safra. O volume é resultado de uma queda de 10,5% na produção do café arábica, estimada em 40 milhões de sacas. Em compensação, o robusta deve alcançar 25,6 milhões de sacas, o que representa crescimento de quase 21% em relação à temporada anterior.
Os resultados refletem os efeitos climáticos distintos nas principais regiões produtoras. No Sul de Minas, maior região produtora de arábica, a fabricação deve recuar 5,1%, para 15,8 milhões de toneladas de sacas. Haverá queda de 25,8% na região das Matas de Minas, para 6,8 milhões de toneladas. Já no Cerrado Mineiro o aumento projetado é de 11,5%, para 6 milhões de toneladas de sacas.
Condições climáticas adversas
A StoneX destacou o impacto das condições climáticas adversas, especialmente as secas e ondas de calor registradas em 2024, sobre a produção do arábica. “As altas temperaturas em junho e julho, o longo período seco e as ondas de frio afetaram a condição vegetativa das lavouras de café, reduzindo seu potencial produtivo nas regiões do Sul de Minas, São Paulo, Cerrado Mineiro, Matas de Minas e Sul do Espírito Santo. A Alta Mogiana se destaca como a região com o pior cenário produtivo até o momento, devido às condições climáticas desfavoráveis”, diz a consultoria em relatório.
O Espírito Santo, maior produtor de robusta, registra avanço de 27,8%, impulsionado pelo uso eficiente de irrigação e melhores condições fitossanitárias, de acordo com a StoneX. A consultoria afirma que as condições para o desenvolvimento da safra de robusta têm sido favoráveis até o momento. “As lavouras mostram uma boa condição vegetativa, com bom pegamento da florada, e o desenvolvimento dos grãos ocorre em condições adequadas. A exceção é Rondônia, onde a florada foi impactada pela seca e pelas altas temperaturas”, explica a StoneX.