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PRIO3 ou RRRP3: análise de ações revela qual a petroleira júnior mais promissora

Ambas ações vêm de fortes quedas, na comparação com recentes picos, mas momentos são distintos entre PRIO e 3R

Rodrigo Petry

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Mesmo que seja um setor dominado pela Petrobras (PETR4), as petroleiras júniores, como são conhecidas PRIO (PRIO3) e 3R (RRRP3), ganharam espaço nas carteiras dos investidores, estando bem posicionadas, constantemente, inclusive no Ibovespa.

Recentemente, as ações do setor foram impactadas pela taxação das exportações de petróleo cru, uma das formas que o governo encontrou para arrecadar mais, mesmo gerando insegurança jurídica de forma generalizada. A expectativa inicial, porém, é de que a Medida Provisória (MP) caduque após quatro meses de vigência.

Passado o susto, entretanto, os papéis das duas companhias ainda amargam duros prejuízos: em março, PRIO3 cai 10,5% e RRRP3 perde 18%; em 2023, PRIO recua 18,9% e 3R desvaloriza-se 20,9%.

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Analisando períodos mais longos, as ações da PRIO3 levam vantagem, com altas de 2,2% em seis meses e de 10,6% em 12 meses, enquanto RRRP3 perde cerca de 24% em seis meses e em 12 meses.

Como comparação, as ações PN da Petrobras têm o seguinte desempenho: março, -9,6%; 2023, -6,9%; três meses, -4,9%; e doze meses, +20,6%.

Na sexta-feira, as ações da 3R (RRRP3) fecharam com alta de 1,87%, cotadas a R$ 30,00, enquanto as da PRIO (PRIO3) subiram 1,17%, para R$ 30,28.

Dito isso, o que esperar das ações das duas petroleiras júniores? Veja o que dizem os analistas técnicos consultados pelo InfoMoney!

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Análise técnica ações PRIO3 e RRRP3

O analista da Top Gain, Matheus Lima, pontua que ambos papéis vêm de fortes quedas, quando comparados aos recentes picos de valorização de suas ações.

Abaixo, do lado esquerdo, se vê que 3R acumula 47% de queda desde seu último topo, alcançado em janeiro de 2023.

Já do lado direito, PRIO mostra desvalorização de 33%, desde último topo, também de janeiro deste ano.

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analise de ações; PRIO3; RRRP3; swing trade; análise técnica
Fonte: profitChart. Elaboração Matheus Lima

Analisando o curto prazo, diz Lima, ambas ações apresentam tendência de baixa, categorizadas pela LTB (Linha de Tendência de Baixa), que segue o padrão de topos menores, formados ao longo do ano de 2023.

Para ele, alguns pontos importantes próximos, dentro dessa LTB, são os R$ 28,60 e os R$ 26,35 para 3R, e R$ 29,35 para PRIO. “Estes são pontos próximos a suportes já respeitados anteriormente”, disse Lima.

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Fonte: profitChart. Elaboração Matheus Lima

3R: Curto prazo

Para Rodrigo Paz, analista do PagBank, no curto prazo, 3R está “com médias para baixo, com a formação de topos e fundos descendentes, em tendência baixa”.

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“Recentemente houve uma forte alta, com formação de gap, e no curto prazo, o ativo pode buscar a faixa próximo ao suporte dos R$ 26,33, caso venha para fechar o gap”, disse.

Paz ressalta, porém, que é preciso atenção nesta faixa (R$ 26,33) importantíssima de suporte, pois pode “ocasionar maiores quedas”.

“E caso entre força compradora pode buscar região de média nos R$ 31,60, e superando essa faixa vai mirar a média de 200 períodos nos R$ 37,99“, completou.

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Fonte: Tryd Pro. Elaboração: Rodrigo Paz

PRIO: curto prazo

Já no curto prazo, conforme Paz, PRIO3 está em tendência de baixa, “com médias para baixo e com formação de topos e fundos descendentes.”

Conforme ele, o ativo registrou região de fundo recente nos R$ 29,70 e, se romper esta faixa, tende a buscar suporte intermediário nos R$ 26,67, e na faixa dos R$ 23,00.

“Para eventual recuperação compradora será necessário romper faixa de médias nos R$ 32,57 e R$ 33,08, para então retomar algum fluxo comprador objetivando faixa de resistência nos R$ 39,25.”

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Fonte: Tryd Pro. Elaboração: Rodrigo Paz

Médio prazo

Sobre o médio prazo, Lima analisa, respeitando o estudo técnico – onde resistências rompidas viram suporte –, que a PRIO chama atenção, por estar muito próximo a regiões com esta característica, como a região dos R$ 29,00.

De acordo com ele, conforme os gráficos abaixo, é possível observar, no caso de PRIO3, uma LTA (Linha de Tendência de Alta), categorizada por topos e fundos maiores, “que anteriormente levaram ao rompimento da resistência”.

Enquanto isso, a 3R se mantém respeitando o suporte próximo aos R$ 26,25, “que anteriormente procedeu bons movimentos de alta, não descartando a tendência de baixa do papel”, explicou.

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Fonte: ProfitChart. Elaboração Matheus Lima

3R e PRIO: momentos diferentes

Para a analista técnica da Clear, Pam Semezzato, a tendência para os dois papéis são bem diferentes: “PRIO3 tem tendência de alta desde 2016, enquanto RRRP3 segue em lateralização, desde que abriu capital praticamente”, avalia.

Depois que testou e não rompeu o topo histórico (de R$ 44,00) – como mostramos no início do artigo –, destaca Pam, PRIO3 “acelerou um movimento de queda, mas ainda sem formar topo mais baixo que o anterior para caracterizar tendência de baixa no médio prazo”.

Gráficos longo prazo das petroleiras júniores

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Fonte: ProfitChart. Elaboração: Pam Semezzato

Por outro lado, Pam aponta que RRRP3 também testou extremidade superior da lateralização, não rompeu (os R$ 49,60) e está testando o suporte em R$ 28,00.

Sobre RRRP3, Pam diz que, “se o papel romper os R$ 32,25, pode confirmar um novo movimento de alta dentro da lateralização. Já a PRIO3 se aproxima de região de bipolaridade (último topo rompido), em R$ 28,80, mas ainda sem sinais de força compradora para a reversão desse último movimento de baixa.”

PRIO: longo prazo

Segundo Paz, analista do PagBank, analisando o gráfico de PRIO [abaixo], é possível notar que o ativo negocia em tendência de alta no longo prazo.

“Podemos ver que após atingir a região de topo nos R$ 43,79, iniciou movimento de correção, até então, correção natural após sequência altista”, disse.

No entanto, alertou que, caso rompa a faixa de média de 20 períodos, nos R$ 27,60, “pode acentuar movimento vendedor para buscar faixa de suporte nos R$ 20,00“.

“Caso segure na faixa dos R$ 29,70/ R$ 27,60, e entre força compradora para continuidade da tendência de alta, miraria resistência nos R$ 39,25, com alvo mais longo no topo nos R$ 43,79“, pontua.

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Fonte: Tryd Pro. Elaboração: Rodrigo Paz

3R: longo prazo

Em relação à 3R, conforme gráfico abaixo, é possível notar “forte força vendedora nos últimos dois meses, e que o ativo se encontra em lateralização, negociando desde 2021 entre a faixa de R$ 26,33 e R$ 51,51“.

“Vale notar que após atingir a região de suporte nos R$ 26,33, houve entrada de força compradora, e, caso siga esse fluxo, o alvo ficará nos R$ 32,00, e na região de médias nos R$ 38,00.” Para ele, ao superar as médias, o alvo fica na região do topo, nos R$ 51,51.

“Um ponto muito importante é a faixa de suporte nos R$ 26,33, que caso seja rompido poderá intensificar as vendas, para buscar faixa dos R$ 24,00, com alvo mais longo na mínima histórica do ativo nos R$ 20,25“, completou ele.

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Fonte: Tryd Pro. Elaboração: Rodrigo Paz