PRIO (PRIO3) adquire fatia da chinesa Sinochem no campo de Peregrino por R$ 10,4 bi

Novo consórcio será formado pela Equinor, operadora do Campo com 60% de participação, e pela PRIO, com 40% de participação

Equipe InfoMoney

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A PRIO (PRIO3) assinou, nesta sexta-feira (27), contrato com a chinesa Sinochem para adquirir sua participação de 40% no campo de Peregrino, pelo valor de US$ 1,915 bilhão (equivalentes a R$ 10,4 bilhões), sendo US$ 191,5 milhões pagos na assinatura do contrato, mais US$ 1,723,5 bilhão pagos na conclusão da transação.

A empresa e suas subsidiárias também contavam com US$ 632 milhões em prejuízos fiscais em 31 de dezembro de 2023.

Assim, o novo consórcio será formado pela Equinor, operadora do Campo com 60% de participação, e pela PRIO, com 40% de participação.

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A conclusão do negócio está sujeita às condições precedentes usuais para este tipo de transação, como aprovação do CADE, e waiver ou expiração do prazo do direito de aquisição por parte da Equinor em até 30 dias.

A Genial Investimentos classifica o evento positivo para tese da PRIO, uma vez que nesse valor a empresa conseguiria atingir a sua meta de taxa interna de retorno (TIR) mínima de 20% desalavancada em dólar.

Além disso, analistas da Genial destacam que com a alavancagem que a empresa tem hoje, a aquisição não precisará ser financiada pela emissão de novas ações.

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Já o Bradesco BBI comenta que o valor da transação foi de US$ 200 milhões abaixo da estimativa inicial de avaliação justa de US$ 2,1 bilhões para o ativo. O banco também pontua que PRIO poderia capturar vantagens adicionais com o ativo relacionadas à melhor comercialização de petróleo e à monetização de um potencial de R$ 3 bilhões em créditos fiscais vinculados à participação da Sinochem no campo.

O BBI vê uma vantagem adicional de R$ 1 para cada redução de US$ 4 por barril no desconto de petróleo da Peregrino para Brent e R$ 1,7 por ação relacionado à monetização de créditos fiscais, somando um upside total de R$ 4,2 por ação (10% do valor de mercado atual).

Mesmo assim, para o curto prazo, o BBI espera uma reação majoritariamente neutra, especialmente considerando que o mercado antecipou parcialmente o anúncio após o fluxo de notícias no início desta semana.

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A Genial e BTG reiteram recomendação de compra e preço-alvo de, respectivamente, R$ 63 e R$ 76.

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