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SÃO PAULO – Após conversas com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, durante o fim de semana, o primeiro-ministro do Reino Unido David Cameron afirmou que a estratégia de renegociar as relações dos britânicos com a União Europeia não é perigosa e nem arriscada, aumentando as especulações sobre uma possível saída do país do grupo.
Cameron disse que o país está em uma boa condição dentro da União Europeia, porém, a relação entre as duas partes não agrada. “Acredito que estamos em melhor condição dentro da União Europeia porque somos um país comercial, mas não estou feliz”, afirmou o primeiro-ministro, segundo publicado pela imprensa britância. Um discurso para tratar sobre o assunto é esperado ainda para este mês, e de acordo com Cameron o texto “já está escrito e pronto para ser apresentado”.
O primeiro-ministro ainda explicou que pretende entregar a decisão final sobre a situação do Reino Unido para o povo, porém um referendo deve demorar para ocorrer. Cameron pretende apresentar os termos a serem negociados para a população antes de qualquer outra ação e, de acordo com ele, um referendo neste momento representaria uma falsa escolha.
Sem dar nenhum detalhe, o primeiro-ministro disse estar confiante para conseguir as mudanças que quer, afirmando ainda ter o apoio de países como Alemanha e Holanda para essa renegociação. Ele ainda disse que uma possível mudança em relação à moeda única da região, o euro, iria exigir da Alemanha algumas mudanças no tratado da União Europeia, e que isso abriria uma oportunidade para o Reino Unido iniciar uma negociação.
Cameron ressaltou que não vê risco em uma negociação, e que, como políticos, só existe uma opção para resolver tudo isso: “ou você leva esse debate e faz as mudanças necessárias para o Reino Unido, ou coloca a cabeça na areia e espera toda essa discussão acabar, só que ela não vai acabar”, disse o primeiro-ministro. Por fim ele acrescentou que “o povo britânico se sente cada vez mais farto de ser deixado de fora deste debate”.