Primeira bolsa de ativos tokenizados com aval da CVM inicia operações no Brasil

Vórtx QR Tokenizadora opera em ambiente experimental com licença provisória

Paulo Barros

(GettyImages)
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A Vórtx QR Tokenizadora abre nesta sexta-feira (1º) as operações da primeira bolsa de ativos digitais do Brasil com aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A plataforma funciona no âmbito do sandbox regulatório da CVM, um ambiente experimental supervisionado pelo regulador que envolve o uso de licenças temporárias.

A Vórtx oferece aos usuários uma carteira digital para receber os recursos que serão, posteriormente, utilizados na compra e venda de ativos tokenizados.

Tokens são representações digitais de um ativo – dinheiro, propriedade e investimento, por exemplo – em uma blockchain, tecnologia de registro distribuído que nasceu junto com o Bitcoin (BTC), e é conhecida por ser segura e transparente.

As tokenizadoras, portanto, são empresas ou plataformas que levam ativos para uma blockchain, emitindo um token negociável no mercado. Companhias do ramo já operam no Brasil, mas elas atuam em uma zona cinzenta graças à falta de uma regulação clara sobre esses ativos digitais.

Criptos hoje:

Uma joint venture entre a fintech Vórtx e a holding QR Capital, a Vórtx QR Tokenizadora é a primeira a testar como seria a atuação de uma empresa licenciada especificamente para operar esse negócio.

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A atividade consiste na digitalização da intermediação de ofertas públicas para valores mobiliários, como debêntures e cotas de fundos de investimento fechados, incorporando tecnologia blockchain.

Segundo Juliano Cornacchia, CEO e cofundador da Vórtx, o produto “cria a possibilidade de simplificar transações extremamente burocráticas e de reduzir drasticamente os custos envolvidos”.

“A tecnologia blockchain facilita a criação de ambientes de negociação mais eficientes, seguros e menos onerosos, tornando tudo mais simples tanto para o investidor, quanto para o emissor”, ressalta Fernando Carvalho, CEO da QR Capital.

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Neste primeiro estágio, a empresa abre o cadastro para investidores e emissores de tokens. As negociações estão previstas para começar em maio.

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Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas