Previsão de corte de custos impulsiona ações do Wachovia após resultados

Investidores se animam com perspectivas de fortalecimento das operações sem necessidade de aumento de capital

Giulia Santos Camillo

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SÃO PAULO – Para quem não acompanhou a seqüência de acontecimentos da última sessão relativos ao Wachovia, o fechamento dos mercados norte-americanos surpreendeu: as ações do banco, que caíam mais de 11% após a divulgação de resultados bem inferiores ao esperado, terminaram o dia com um salto de 27%.

A valorização tem um responsável: Robert Steel, CEO do Wachovia desde 9 de julho, enfrentou a decepção com os resultados anunciando que irá fortalecer o capital da empresa sem necessidade de ofertas de ações.

Entre as medidas potenciais anunciadas pelo executivo do banco estão o corte do quadro de funcionários e a redução dos dividendos. Conforme divulgado pela administração do Wachovia, o corte nos proventos será de 87%, permitindo a economia de US$ 700 milhões por trimestre.

Venda de ativos

Em teleconferência com analistas, Steel também afirmou que considera a possibilidade de venda de alguns ativos que não fazem parte do núcleo de negócios da companhia, embora não tenha anunciado quais seriam esses ativos.

“Eu admito que estou sendo um pouco evasivo”, o diretor afirmou, completando que estará pronto para responder às questões dentro de alguns meses, o que sinaliza que a medida não é iminente.

Ademais, aos investidores preocupados com os passivos da aquisição do Golden West, Steel pede foco nos US$ 4 bilhões de lucro que outros negócios do banco geraram. “Ficou ainda mais claro para mim que o Wachovia é muito forte e tem diversas oportunidades para progredir”, afirmou o CEO.

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Ações

Após a forte alta da última sessão, os papéis do banco não registram grande variação no pré-market de Wall Street, com leve queda de 0,6%.