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SÃO PAULO – Após a quinta semana seguida de alta para o Ibovespa, o mercado volta a ficar agitado com a agenda de indicadores de começo de mês, com dados de emprego nos Estados Unidos, além da expectativa pela reforma da Previdência no Senado.
Após ser adiada nos últimos dias, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, garantiu a votação da proposta da reforma em 1º turno para a próxima terça-feira (1). Segundo ele, o atraso de uma semana não muda a programação de aprovar a PEC até a 1ª quinzena de outubro.
Jornais informaram ainda um acordo entre governo e Congresso para acelerar as reformas e garantir o leilão da cessão onerosa para novembro. Por outro lado, na tarde de sexta, surgiu um ruído de que um grupo do Senado ameaça atrasar mais a votação após ficar descontente de que apenas parte da PEC da cessão onerosa foi promulgada (clique aqui para saber mais).
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Outro ponto importante a se acompanhar na política nacional será a repercussão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que nesta semana formou maioria de ministros a favor da tese de que réus delatados devem apresentar alegações finais (última etapa de manifestações no processo) depois dos réus delatores, o que pode impactar condenações feitas pela Operação Lava-Jato. O julgamento no STF deve ser concluído nos próximos dias, quando se terá uma ideia melhor de como será o entendimento, já que os ministros podem definir que a decisão não pode ser aplicada em todos os casos.
Agenda de indicadores
Um importante dado que será apresentado é o relatório de emprego dos EUA (Payroll), que sai na sexta-feira (4) e costuma impactar o mercado conforme leva investidores a reavaliarem suas posições sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação aos juros. Segundo dados da Bloomberg, o dado deve mostrar a criação de 145.000 empregos em setembro, pouco mais que os 130.000 de agosto.
Outros dados americanos que podem mover os mercado na semana são o PMI manufaturas, o ISM e o ADP. Além disso, vários dirigentes do Fed falarão na próxima semana, incluindo Richard Clarida e o chairman Jerome Powell. Fora dos EUA, destaques são os PMIs chineses, que saem no domingo à noite, dados de emprego e inflação na Alemanha e PIB do Reino Unido.
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Ainda no exterior, será importante acompanhar o noticiário sobre a guerra comercial após novas notícias nesta sexta-feira de que os EUA consideram limitar o fluxo de investimento americano na China, o que teria repercussão de bilhões de dólares atrelados aos principais índices, segundo a Bloomberg. A nova tubulência trazida pelo pedido de impeachment do presidente Donald Trump também segue no radar.
Na Ásia, na terça-feira (1) ocorre a comemoração do 70º aniversário da criação da República Popular da China. O presidente Xi Jinping fará um discurso bastante aguardado, podendo dar pistas sobre a direção política e estratégica da segunda maior economia do mundo, que enfrenta desafios como os da guerra comercial e os protestos em Hong Kong.
Já na agenda doméstica, dados de atividade ganham os holofotes após o índice de desemprego de agosto frustrar as expectativas, na contramão do Caged melhor que o previsto. O indicador de produção industrial sai na terça, enquanto são previstos na semana também os dado de setembro do PMI manufaturas e o de serviços. Além disso, sai o resultado fiscal consolidado de agosto e a balança comercial mensal.
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