Prévia do PIB do Brasil, confiança do consumidor nos EUA, dados da China e mais

Confira os assuntos econômicos, corporativos e políticos que devem mexer com os mercados nesta sexta-feira (13)

Equipe InfoMoney

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A semana se encaminha para o fim após a divulgação de importantes dados de inflação tanto nos EUA quanto no Brasil, à espera das decisões de juros na Super Quarta. Os números divulgados lá fora demonstram que é possível considerar que há “pouso suave” da economia nos EUA e que cada vez mais se torna menos provável um pouso forçado, nas palavras do presidente do Chase Investiment Counsel, Peter Tuz, à Reuters.

“Desde que investidores vejam esse corte nos juros e um caminho a seguir para os cortes na taxa básica de juros, eles ficarão animados com as perspectivas do mercado de ações e, especialmente, com os setores de maior crescimento.”

Uma série de dados de enfraquecimento do emprego e do crescimento econômico nas últimas semanas incentivou algumas apostas em um corte maior do que 50 pontos-base na taxa de juros pelo Fed, mas elas perderam força após o relatório de inflação de quarta-feira.

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Hoje, futuros dos Fed Funds indicam uma probabilidade de 43% para um corte de 50 pontos-base na taxa de juros, e de 57% para um corte de 25 pontos na próxima reunião do Fed, depois que o índice de preços ao produtor (PPI) subiu ligeiramente em agosto, reduzindo preocupações sobre um mercado de trabalho enfraquecido. Por outro lado, falas do ex-presidente do Fed de Nova York, William Dudley, em um evento em Cingapura aumentaram as apostas de um corte maior nos juros.

Por aqui, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de julho, considerado uma prévia do produto interno bruto (PIB), é o grande destaque, com consenso LSEG prevendo queda de 0,90% em relação ao mês anterior. Do outro lado do mundo, dados da China, previstos para à noite, podem influenciar nas cotações da commodities. Já a Universidade de Michigan divulga dados preliminares da confiança do consumidor dos EUA de setembro.

O que vai mexer com o mercado nesta 6ª

Agenda

Nesta sexta-feira (13), o ministro Fernando Haddad inicia seu dia com encontro com Gustavo Pimenta, presidente da Vale (VALE3), às 10h. Na parte da tarde, o ministro se reunirá com John Rodgerson, presidente da Azul Linhas Aéreas (AZUL4), às 15h. Os membros da diretoria do Banco Central se concentram em compromissos fechados à imprensa e entraram em período de silêncio desde ontem.

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Pelo regulamento do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, o período desde a quarta-feira anterior à reunião e imediatamente posterior (até a publicação da Ata) deve ser de silêncio dos membros do Comitê. Já o presidente Lula cumpre agenda no Rio de Janeiro, onde participa da cerimônia de inauguração do Complexo de Energias Boaventura.

Brasil

9h – BCB: Índice IBC-Br de atividade econômica
10h – Boletim Prisma Fiscal

EUA
11h – Índice de confiança da Universidade de Michigan (set) – preliminar

China
23h – Produção industrial (ago)
23h – Vendas no varejo (ago)

23h – Investimento em ativos fixos (ago)
23h – Taxa de desemprego (ago)

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Mercados Internacionais

Os índices futuros dos Estados Unidos operam perto da estabilidade nesta sexta, com os investidores ainda divididos quanto à magnitude do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima semana.

As dúvidas continuaram depois que os dados de quinta-feira mostraram que o índice de preços ao produtor (CPI) dos EUA subiu ligeiramente em agosto após os números do mês anterior terem sido revisados ​​para baixo e um aumento nos pedidos de seguro-desemprego renovou as preocupações sobre um mercado de trabalho enfraquecido.

Além disso, o ex-presidente do Fed de Nova York, William Dudley, disse em um evento em Cingapura que vê espaço para um corte de meio ponto nos juros na reunião da próxima semana.

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Trump descarta novo debate com Kamala

 O republicano Donald Trump disse nesta quinta-feira que não vai participar de novos debates com sua rival, a democrata Kamala Harris, antes da eleição de 5 de novembro, após várias pesquisas mostrarem que ela venceu o encontro desta semana. 

“Não haverá terceiro debate”, escreveu o ex-presidente na rede social Truth Social, referindo-se ao primeiro encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, em junho, e o evento contra a vice-presidente Kamala Harris, no início desta semana.

Por mais que Trump tenha elogiado seu próprio desempenho, seis doadores republicanos e três conselheiros do ex-presidente que falaram com a Reuters no início da semana avaliaram que Kamala venceu, pela incapacidade de Trump de se manter dentro da mensagem do partido.

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Economia

Isenção de IR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu na quinta-feira sua promessa de que até o fim de seu governo será implementada a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais.

“Até o final do meu mandato, quem ganha até 5 mil reais não vai pagar Imposto de Renda neste país, porque é para isso que vocês me elegeram, e é isso que eu vou fazer”, disse Lula, durante cerimônia de lançamento da Rede Alyne de Cuidado Integral a Gestantes e Bebês, em Belford Roxo (RJ).

Na semana passada, o presidente disse que quando mandar o Orçamento para o Congresso Nacional em 2026, último ano de seu atual mandato, a peça orçamentária irá prever a isenção de IR para salários de até 5 mil reais.

A informação já havia sido adiantada por Fernando Haddad na entrevista no “Bom dia, Ministro” na parte da manhã.

Segundo o ministro, os técnicos da Fazenda apresentaram “alguns cenários” para a ampliação da isenção ao patamar prometido por Lula em sua campanha presidencial de 2022, acrescentando que o presidente decidirá sobre a questão em “um futuro próximo”.

Sem crise energética

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou na quinta, na capital paulista, que a segurança energética do país está garantida em 2024. De acordo com o ministro, não há previsão de racionamento e o governo agora discute medidas para reduzir o impacto das tarifas ao consumidor. 

Política

Lula: empate de avaliações


As avaliações positiva e negativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva oscilaram dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais e ficaram tecnicamente empatadas em setembro, mostrou pesquisa Ipec divulgada nesta quinta-feira.

De acordo com a Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), em julho, 37% dos entrevistados haviam avaliado a gestão do petista como “ótima” ou “boa”. Em setembro, essa parcela oscilou para 35%.

Ao mesmo tempo, os 31% que avaliavam o governo como “ruim” ou “péssimo” variaram para 34% agora.

Zanin dá 3 dias para Lula sancionar desoneração

 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin estendeu em três dias o prazo, que se encerraria na quarta-feira, para o governo concluir o acordo com o Congresso sobre a desoneração da folha de pagamento de empresas e alguns municípios.

A extensão do prazo foi requerida pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, após a Câmara aprovar na noite de quarta o texto base do projeto de lei estabelecendo uma transição para o fim da desoneração, com medidas compensatórias para o benefício, mas não conseguir concluir votação de emenda ao texto.

A votação foi encerrada na manhã de ontem e segue à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Queimadas em SP

Pelo menos 13 municípios de São Paulo têm áreas de mata em chamas, segundo a Defesa Civil do estado. Tanto o órgão quanto o Corpo de Bombeiros atuam nesses locais para conter o fogo, e em regiões mais críticas estão em operação 11 aeronaves para apoiar o combate aos incêndios.

(Com Reuters, Estadão e Agência Brasil)

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