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(Bloomberg) — A grande queda das criptomoedas de 2018 caminha para sua pior semana.
O bitcoin mergulhou para perto de US$ 4.000 e a maioria de seus pares recuou na sexta-feira, ampliando o declínio do Bloomberg Galaxy Crypto Index desde 16 de novembro a 23 por cento. Essa é a pior queda semanal desde o pico da criptomania, no começo de janeiro.
Após uma disparada épica no ano passado que superou muitas das bolhas mais notórias da história, as criptomoedas atolaram em um prejuízo de quase US$ 700 bilhões que não parece estar perdendo força.
Muitas das preocupações que desencadearam o recuo de 2018 — incluindo o escrutínio regulatório maior, brigas internas na comunidade e confusões cambiais — só se intensificaram nesta semana.
Mesmo após prejuízos de mais de 70 por cento da maioria das moedas virtuais, Stephen Innes, da Oanda, ainda não viu evidências fortes de uma capitulação que sinalize que o mercado chegou no fundo do poço.
“Ainda há muita gente no jogo”, disse Innes, chefe de trading da Asia Pacific na Oanda, por telefone, de Cingapura. Se o bitcoin “entrar em colapso, se começarmos a ver uma queda em direção a US$ 3.000, a coisa será monstruosa. As pessoas correrão para as saídas.”
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Innes disse que sua projeção de caso-base é que o bitcoin será negociado de US$ 3.500 a US$ 6.500 a curto prazo, com potencial de cair para US$ 2.500 em janeiro.
A maior criptomoeda caiu 7,6 por cento na sexta-feira antes de reduzir as perdas para 3,7 por cento na manhã desta sexta-feira em Nova York. A US$ 4.266, o bitcoin é negociado perto do nível mais baixo desde outubro de 2017.
Os rivais Ether, XRP e Litecoin recuaram pelo menos 4,5 por cento cada. O valor de mercado de todas as criptomoedas monitoradas pelo CoinMarketCap.com caiu para US$ 139 bilhões, contra US$ 835 bilhões no pico do mercado, em janeiro.
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As maiores vítimas da queda foram os investidores individuais que apostaram justamente quando os preços atingiram o pico e empresas como a Nvidia, que forneciam o ecossistema das criptomoedas.
A fabricante de chips com sede na Califórnia perdeu quase metade do valor desde o início de outubro porque a demanda por seus chips para mineração de criptomoedas desabou e os resultados de sua divisão de jogos foram decepcionantes.
O impacto econômico do colapso das criptomoedas tem sido limitado até o momento, em parte porque a maioria dos grandes bancos e gestores de recursos institucionais tem pouca ou nenhuma exposição às moedas virtuais.
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Para a maioria dos investidores, os declínios recentes nos mercados de ações têm sido muito maiores: a queda de US$ 700 bilhões dos ativos digitais desde janeiro contrasta com a perda de US$ 1,3 trilhão das ações globais em valor de mercado apenas nesta semana.
Apesar de alguns otimistas em relação às criptomoedas terem argumentado que o bitcoin e seus pares funcionariam como refúgio para as turbulências nos mercados financeiros tradicionais, os prejuízos deste ano minaram essas alegações. O ouro, um refúgio tradicional dos investidores, subiu nas últimas semanas em meio à queda das moedas virtuais.
“Não acredito que as moedas serão nem de perto tão atraentes quanto algumas das outras apostas em ativos cruzados”, disse Innes. “Os preços do ouro subirão consideravelmente e estamos começando a ver uma relação inversa no ouro e nas moedas.”
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