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A temporada de balanços do segundo trimestre de 2024 começará para o setor petrolífero no dia 30 de julho. As estreantes serão Enauta (ENAT3) e 3R Petroleum (RRRP3), que logo formarão uma só companhia. As ações da Enauta terão o seu último dia de negociação no dia 31 de julho.
A expectativa de analistas é de bons dados para as companhias, em especial considerando os preços mais elevados do petróleo no trimestre; na primeira metade do ano, cabe ressaltar, a commodity subiu cerca de 10%. De acordo com o Bradesco BBI, as petro juniores devem apresentar resultados mais fortes no período, com destaque para os maiores volumes offtake (participação) para PRIO (PRIO3) e a consolidação da participação da 3R no Campo de Papa-Terra. O banco destacou a menor quantidade de perdas com hedge para PetroReconcavo (RECV3).
Enauta (ENAT3) – 30 de julho
A Enauta (ENAT3) divulgará seus resultados após o fechamento do mercado no dia 30 de julho. O Morgan Stanley considera que a petroleira deve apresentar dados menores que o esperado devido a uma manutenção inesperada em Atlanta. De acordo com a Enauta, o campo deve retomar a produção até o fim de julho. No entanto, é esperado impacto nos dados, em especial considerando os números de produção já divulgados. De acordo com o Morgan, os números de produção vierma bem abaixo do esperado (cerca de 42%).
Por causa dos números piores, o banco reduziu a estimativa de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) em 23% para 2024. Além disso, a menor geração de caixa proveniente da menor produção também fez com que o preço-alvo fosse reduzido.
3R Petroleum (RRRP3) – 30 de julho
As estimativas macroeconômicas, em especial taxa do câmbio, e a curva do Brent 3,2% menos em 2024 e 1,3% em relação ao esperado anteriormente pelo Morgan, levaram o banco a aumentar suas expectativas para a 3R Petroleum (RRRP3). Além disso, a análise também destacou os números de produção reportados para o trimestre.
O banco também considerou positiva para os números a cessão compulsória da participação da NTE no campo Papa Terra, que fez a 3R crescer sua participação para 85% antes os 53,13% anteriores. Por isso, a estimativa no Ebitda subiu 1,7% em 2024 e 4,7% em 2025.
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PRIO (PRIO3) – 6 de agosto
Para a PRIO (PRIO3), a XP também prevê resultados sólidos para o 2T24, com receitas de US$ 708 milhões, Ebitda de US$ 517 milhões e lucro líquido de US$ 260 milhões. A companhia apresentou maior volume de petróleo e superou a produção de 8,2 milhões de barris no trimestre. Mesmo assim, a produção da PRIO foi impactada por greves no Ibama, afetando três poços que precisam de workover (espécie de manutenção necessária, incluindo restauração de poços) e resultando em uma perda de 4,5 kbpd (milhares de barris por dia) na produção.
A corretora estima uma recuperação da produção nos próximos meses com a adição de novos poços e a resolução das greves. “Reconhecemos os desafios de curto prazo, mas vemos uma valorização significativa e uma agenda de possíveis catalisadores positivos à frente – incluindo o fim da greve do Ibama e possíveis aquisições”, afirmam os analistas.
O Itaú BBA estima que a petroleira trará receita líquida de R$ 695 milhões, com alta trimestral de 15%, lucro líquido de US$ 333 milhões, em comparação com os US$ 218 milhões registrados no 1T24. O Ebitda ficará em US$ 526 milhões no 2T24, segundo a projeção do BBA. O valor representa aumento de 10% na comparação trimestral.
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PetroReconcavo (RECV3) – 8 de agosto
De acordo com a XP, a PetroReconcavo apresentará resultados financeiros trimestrais melhores em 8 de agosto, devido à estabilização da produção e à desvalorização do real, que resultou em preços mais altos do Brent em moeda local.
Por isso, a petroleira deve registrar um faturamento de R$ 824 milhões (+11% na comparação trimestral, +25% no ano) e um Ebitda de R$ 424 milhões (+20% t/t, +33% a/a). Apesar de desafios iniciais em 2024, como interrupções temporárias de produção e fortes chuvas, a produção do 2T24 foi estável, com uma melhora gradual ao longo do trimestre. A produção também foi considerada com melhora na comparação mensal, em especial considerando que os primeiros quatro meses de 2024 foram alocados principalmente em reparos de poços.
“Prevemos que a marcação a mercado dos instrumentos financeiros seja parcialmente compensada pelo efeito da exclusão dos pagamentos de JCP da base tributária. Notavelmente, a empresa emitiu sua primeira debênture neste trimestre, no valor de R$ 1,1 bilhão, liquidada no início de junho e dolarizada por meio de swaps”, afirmam os analistas da XP.
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O BBA estima receita líquida em R$ 817 milhões, com aumento de 10% na comparação trimestral, impulsionada por preços mais altos da commodity no trimestre. Já o lucro líquido deve ficar em R$ 266 milhões (comparados com os R$ 110 milhões no 1T24).