Preços do petróleo e do minério de ferro caem forte com dados de China e temores sobre variante delta

Dia é de forte baixa para commodities

Equipe InfoMoney

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No mercado de commodities, a sessão desta segunda-feira (9) é de queda forte para o minério de ferro e para o petróleo.

O petróleo tem baixa de cerca de 4%, com os investidores preocupados com demanda menor por combustíveis, caso a variante delta impeça o processo de reabertura das economias e também em meio aos dados da China.

“As futuras novas ondas de coronavírus são um dos principais riscos para a nossa projeção do brent, que agora tem um preço médio de US$ 68 por barril em 2022 e de US$ 63 por barril em 2023. Continuamos confortáveis com nossas estimativas, apesar da propagação da variante Delta”, aponta o BBI.

O alerta de um painel da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a mudança climática também contribuiu para o cenário, depois que incêndios na Grécia arrasaram casas e florestas e partes da Europa sofreram inundações no mês passado.

Os futuros do petróleo brent com vencimento em outubro chegaram a cair 4,2%, para US$ 67,88 o barril às 8h30 (horário de Brasília), após uma queda de 6% na semana passada em meio à sua maior perda semanal em quatro meses. Os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) para setembro chegaram a cair 4,3%, para US$$ 65,43, após despencar quase 7% na semana passada. Nesta segunda-feira, o contrato caiu para US$ 65,15, o valor mais baixo desde maio.

Contudo, os preços fecharam com baixas mais módicas, ainda que significativas. O brent para outubro fechou em queda de 2,35%, a US$ 69,04; já o WTI para setembro fechou em baixa de 2,64%, a US$ 66,48.

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“As preocupações sobre a potencial erosão da demanda global de petróleo ressurgiram com a aceleração da taxa de infecção da variante Delta”, destacou o analista do RBC Gordon Ramsay em uma nota.

O minério de ferro também apresenta baixa, também em meio a projeções de maior oferta e desaceleração da demanda na China. O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em janeiro de 2022, fechou em queda de 4,4%, a 852,50 iuanes (US$ 131,67) por tonelada, depois de tocar uma mínima de 845 iuanes –menor patamar desde 1º de abril.

“Com a perspectiva de menor produção dos altos-fornos no segundo semestre de 2021 em relação ao primeiro, e a recuperação nos embarques de minério de ferro da Austrália e Brasil, mantemos nosso intervalo de US$ 140 a US$ 170 /tonelada para o minério de ferro (CFR China) no médio prazo”, disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities em Cingapura, informa a Reuters.

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Tanto para o minério quanto para o petróleo, os dados da China também impactam. Os preços das matérias-primas chinesas reagiram com perdas depois que os números de importação de julho confirmaram demanda mais fraca por várias commodities, mesmo antes de o país ser atingido pelo aumento de casos de Covid-19 relacionados à variante delta.

As compras de petróleo ficaram abaixo de 10 milhões de barris por dia pelo quarto mês seguido em julho e mostram queda de quase 6% no ano, segundo dados alfandegários divulgados no sábado. Os números foram influenciados por interrupções nos portos devido a um forte tufão no fim do mês.

Leia mais: Commodities da China sentem efeito de demanda fraca e inflação

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As importações de cobre e minério de ferro também caíram pelo quarto mês. No caso do minério, as perspectivas para a commodity estão condicionadas aos esforços da China para reduzir a produção de aço e as emissões.

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