Preços do café atingem máximas históricas em meio a preocupações com oferta no Brasil

Os futuros do café arábica no primeiro mês na ICE subiram mais de 2% no início das negociações, atingindo um recorde histórico de 3,489 dólares por libra-peso

Reuters

Colheita de café
Colheita de café

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Os preços do café na ICE atingiram uma máxima histórica nesta quinta-feira, apoiados pela forte demanda e pelas preocupações com a oferta do Brasil, o maior produtor e exportador mundial.

Os futuros do café arábica no primeiro mês na ICE subiram mais de 2% no início das negociações, atingindo um recorde histórico de 3,489 dólares por libra-peso, antes de reduzir os ganhos. Os preços eram negociados em alta de 0,2%, a 3,425 dólares por libra-peso, às 13h40 (horário de Brasília). Na quarta-feira, os preços já haviam saltado 4%.

O café robusta subia 0,4%, para 5.473 dólares a tonelada, depois de ter alcançado 5.543 dólares mais cedo, o maior valor desde o final de novembro.

As dúvidas sobre a oferta do Brasil, maior produtor, sustentaram os preços, enquanto uma redução nos estoques certificados de arábica na ICE aumentou a pressão.

“A longo prazo, há muita preocupação com a próxima safra”, disse Tomas Araujo, corretor da StoneX.

O mercado estará atento às atualizações das estimativas de safra previstas para os próximos 30 dias, acrescentou.

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O Brasil teve a maior seca de sua história em 2024 e os campos de café sentiram a falta de umidade. As chuvas chegaram no final do ano, mas as árvores não tiveram vitalidade suficiente para converter a floração em boa carga de frutos. A maioria dos analistas espera uma safra menor em 2025, depois da produção já baixa em 2024.

“A oferta será escassa, não há como evitar isso”, disse Judith Ganes, analista sênior de soft commodities da J Ganes Consulting.